Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Como o mercado brasileiro de assinaturas contorna a “fadiga de streaming” mundial

Como o mercado brasileiro de assinaturas contorna a “fadiga de streaming” mundial

25/05/2022 Ralf Germer

O conceito de faturamento recorrente não é novo.

As pessoas já estão habituadas a esse tipo de pagamento na rotina diária, como para pagamento de aluguel, mensalidades escolares e até mesmo de academias. No entanto, o modelo de negócio baseado na economia da recorrência se tornou mais popular nos últimos anos, principalmente no ambiente digital.

Os streamings de séries, filmes e músicas são exemplos de plataformas que possuem milhões de usuários ao redor do mundo que pagam uma assinatura para ter acesso aos seus serviços. Mas esse mercado de streaming mundial, parte importante da economia da recorrência, está apresentando sinais de declínio e taxas de evasão mais altas com relação a outras formas de assinatura.

A chamada “fadiga de streaming” tem criado instabilidade nesse modelo de negócio. Ao menos, é o que mostra a consultoria Deloitte: de acordo com as projeções mundiais para 2022, a previsão é de que mais de 150 milhões de pessoas deverão cancelar alguma assinatura de streaming. E, além disso, a taxa de rotatividade entre plataformas deve girar em torno de 30%.

Embora isso possa ser uma preocupação para vários países e, também, para muitos nichos e modelos de negócios, acredita-se que o mercado de assinaturas irá aumentar no Brasil, indo na contramão mundial e não sofrendo os impactos do fenômeno que acomete o streaming.

Os dados sobre a recorrência no Brasil são realmente animadores, especialmente se for analisada como um modelo de negócio sustentável a longo prazo, com possibilidades de explorar personalização de produto, motor promocional e a consequente retenção de clientes.

A pandemia incentivou os consumidores brasileiros a migrarem das lojas físicas para as digitais. E isso resultou no nascimento de um mercado bilionário, com vendas online chegando na casa dos R$ 260 bilhões, conforme dados levantados pela gestora Canuma Capital e divulgados pela Infomoney.

Com o crescimento do e-commerce no país, os clubes de assinatura também ganharam espaço e ajudaram a construir um hábito de consumo no qual o consumidor paga de forma recorrente para receber produtos e serviços de forma confortável e automática.

Segundo a consultoria Betalabs, os clubes de assinatura no Brasil cresceram 19% em 2021. E, até 2023, 75% das empresas que atuam com vendas oferecerão serviços com recorrência, conforme previsão da consultoria Gartner. São setores diferenciados, principalmente voltados para produtos e bens de consumo, que aproveitaram o bom momento da economia da recorrência para criar seus clubes de assinatura próprios.

As maiores e mais bem-sucedidas indústrias do país encontraram terreno fértil em modelos de pagamentos recorrentes. Além disso, os empreendedores digitais estão em alta no Brasil, bem como seus clubes de assinatura. Os principais setores que ganharam destaque com esse modelo de venda são alimentos e bebidas, saúde e nutrição, maquiagem e produtos de beleza, pet, SaaS e educação.

A recorrência foi além do streaming, e os clubes de assinatura ultrapassaram as fronteiras de serviços, chegando a áreas que antes eram quase impossíveis de prever. E, nesse sentido, o Brasil contorna a fadiga de streaming por apostar em diversidade dentro da economia da recorrência.

* Ralf Germer é CEO e cofundador da PagBrasil.

Para mais informações sobre economia da recorrência clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Piar Comunicação



A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso


Filosofia na calçada

As cidades do interior de Minas, e penso que de outros estados também, nos proporcionam oportunidades de conviver com as pessoas em muitas situações comuns que, no entanto, revelam suas características e personalidades.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Onde começam os juros abusivos?

A imagem do brasileiro se sustenta em valores positivos, mas, infelizmente, também negativos.

Autor: Matheus Bessa