Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Façamos da crise uma oportunidade!

Façamos da crise uma oportunidade!

15/07/2010 Marizete Furbino

“A chave do negócio é saber encarar a adequação às novas regras, não como uma crise, mas uma maneira de transformá-la num investimento”. (Eyal Rudnik, presidente de marketing para as Américas da Nice Systems)

Em meio a este período “negro” no mundo dos negócios, onde nos deparamos com o turbilhão nas bolsas de valores, com o disparar do dólar, e vivenciando um momento recheado de demasiada incerteza, é exatamente diante dos efeitos negativos da crise norte-americana que devemos considerar importante repensar nossa postura diante deste cenário. Pode-se dizer que o que irá determinar se vamos nos submergir, ou se acabamos de submergir ou se emergimos e ressurgimos das cinzas, será nossa atitude.

Entretanto, observamos que para muitos a crise é sinônimo de um verdadeiro caos. Tais pessoas são inertes ao fato vivido, se tornam verdadeiros “parasitas”, deixando a situação chegar à ruína; por outro lado, observamos que para os mais inteligentes a crise se torna sinônimo de oportunidade, de aprendizagem, de superação, de desenvolvimento e de crescimento, uma vez que se cria uma saída. Para estes, mesmo diante da turbulência e vivendo o tempo todo sob a incerteza e sob muita pressão, sempre apresentarão atitude e postura otimistas, e isto contribui sobremaneira para que se aflorem talentos e habilidades, o que em momentos anteriores se encontravam adormecidos, encontrando assim diversas saídas e este é o caminho.

É bem verdade que se entrarmos em pânico diante de qualquer crise, não conseguiremos enxergar as saídas, não conseguiremos vislumbrar um futuro promissor e como conseqüência correremos o risco de entrarmos em um verdadeiro colapso e sairmos de vez do mercado. Além de ser preciso de maneira urgente e emergente que assumamos a responsabilidade, é preciso revisar conceitos, atitudes, comportamentos e procedimentos. Igualmente é preciso também que tenhamos sabedoria, paciência, criatividade, muita dedicação, ousadia, otimismo, determinação, perseverança, muito conhecimento e discernimento, para buscarmos soluções de forma conjunta, enxergando saídas, sendo pró-ativos, tomando as rédeas do nosso próprio destino, assumindo o seu controle, e assim, revertendo o “quadro” encontrado, superando a crise e dando a volta por cima.

Torna-se de fundamental importância retirar o foco do problema e migrar o foco para a solução do mesmo; assim, começará a enxergar que existe luz no fim do túnel e perceberá que diante de uma “tempestade” não se deve cruzar os braços, mas deve-se agir de maneira cautelosa e de forma inteligente.

Diante da volatilidade da bolsa em meio a esta crise norte-americana que assola todo o mundo, proporcionando uma crise de ordem global e que todos nós estamos enfrentando, o que se observa são, por conseqüência, tensão, turbulência e pânico no mercado financeiro, onde se verifica cada vez mais o aumento do custo do crédito para as empresas. Diante de todo este cenário e do risco muito alto, devemos estar preocupados em traçar um bom planejamento estratégico para proteger o que já temos, optando em fazer investimentos conservadores, deixando de lado qualquer financiamento, mesmo que planejado para depois. Em um momento como este, contrair dívida poderá ser fatal; assim, avaliar os riscos e agir com cautela, avaliando os impactos das tomadas de decisões é o melhor que se tem a fazer, pois, sobreviver no mercado, fica cada vez mais difícil.

É de se notar que nunca ficou tão difícil alcançar resultados.  Em meio a este “temporal”, reclamar de nada adiantará. O segredo é agir com muita disciplina, ousadia e vontade de vencer, mas agir em equipe e com os pés no chão, valorizando cada vez mais todos os colaboradores envolvidos. É bastante útil elaborar e colocar em prática um bom planejamento estratégico, através de uma equipe composta de multiprofissionais, envolvendo a área de marketing, área jurídica, departamento de pessoal, finanças, logística, comunicação, enfim, toda a área operacional, pois, este planejamento será de fundamental importância para a sobrevivência da empresa. É com essa sutil estratégia, que poderíamos chamar de “ferramenta-ouro”, poderemos enxergar os pontos vulneráveis e fracos da empresa, atuando de forma a atacar estes pontos fracos e a transformá-los em fortes, fazendo com que estes deixem de ser ameaças para a empresa e passem a constituir oportunidades. Paralelamente é necessário reavaliar projetos que trarão para empresa resultado financeiro de maneira imediata, revendo contratos, reavaliando, além da saúde financeira da empresa, posturas e condutas, monitorando cada vez mais as ações, para assim ter maior chance de fazer a melhor tomada de decisão. Com todo esse arcabouço estratégico poderemos conseguir que nossa empresa não somente faça a diferença, mas permaneça perene no mercado e com solidez financeira, continuando assim, mesmo após a realização de “cortes”, a manter tudo funcionando de forma rentável em um ambiente cheio de turbulência.

De tudo o que foi visto, é de se concluir que o grande desafio é ter a serenidade e a sabedoria de aplicar a ferramenta correta ou estratégica para que o “vendaval” não nos atinja, permanecendo então com solidez no mercado até que outro alvorecer novamente nos traga os tão desejados “bons ventos”.

* Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG - e-mail: [email protected]



Tributação versus solidariedade

A discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, inserido no contexto da reforma tributária brasileira, trouxe à tona questões relevantes para o setor filantrópico do país.

Autor: Carmem Murara


Sem ordem não há progresso

Anarquia e desordem se espalham pela Terra. Poucos indivíduos ainda sentem a necessidade de agir com retidão. Sem ordem não há progresso.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Novo Marco de Garantias: democratização e barateamento do crédito

Dados do Banco Mundial mostram que, ao redor do mundo, a taxa média de recuperação de créditos é de 36,90 centavos por dólar.

Autor: Adolfo Sachsida


Mau filho, mau cidadão

Quando nascem os bebês, começa uma série de preocupações por parte dos pais de como educarão seus filhos. Aliás, as dúvidas começam mesmo antes do nascimento.

Autor: Pedro Cardoso da Costa


Pablo Marçal, a lição de campanha nas redes sociais

Independentemente de como terminará a eleição de Prefeito de São Paulo – que ainda sofrerá a influência dos acontecimentos dos próximos 40 e poucos dias – o candidato Pablo Marçal dela sairá consagrado como o político que teve a inteligência e a sensibilidade suficientes para bem utilizar as redes sociais e, mais que isso, dispor de conteúdo ao interesse do eleitorado.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Por onde andam os líderes na geração “Plástico-Bolha”?

Vivemos em uma época peculiar. Enquanto a tecnologia avança, as oportunidades se amplificam para as novas gerações.

Autor: Lucas Atanazio Vetorasso


Falta bom senso

No passado, sempre havia, na gestão dos municípios, pessoas com bom senso e visão, tanto que a legislação sobre o manejo do lixo conta mais de 70 anos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Aroma de saudades

Hoje em dia a turma cria os filhos diferente. Na minha época, não... Acho que tudo era mais simples, mais verdadeiro, mais genuíno. Não sei...

Autor: André Naves


O profissional e a profissão

“Ora, poderias encontrar alguma coisa que se ligue mais estreitamente à ciência do que a verdade? Logo, quem ama de fato a ciência deve, desde a juventude, desejar tão vivamente quanto possível apreender toda a verdade.” (Sócrates in A república de Platão).

Autor: Menildo Jesus de Sousa Freitas


Maria da Penha, a demora da Justiça e a real necessidade de mudança

No último dia 7 de agosto, o presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, em nome do Poder Judiciário, fez um pedido de desculpas à ativista Maria da Penha pela demora e por falhas da justiça brasileira na análise do seu caso de violência doméstica.

Autor: Mayra Vieira Dias


Prometer pouco e cumprir muito pode transformar o país

A proximidade das eleições municipais é um momento propício para uma reflexão necessária dos brasileiros.

Autor: Samuel Hanan


Grau de maturidade sociopolítica e democracia

Cada vez mais doutrinadores têm defendido a tese segundo a qual a democracia e o chamado regime democrático constituem-se muito mais acertadamente em uma “resultante estrutural dialética”.

Autor: Reis Friede