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Trabalhar para viver e não viver para trabalhar

Trabalhar para viver e não viver para trabalhar

28/03/2023 Adriana Bezerra

Vivemos durante séculos um paradigma de separação. Começou com o pensador francês René Descartes, primeiro racionalista moderno. Para ele, corpo, mente e espírito eram separados.

Trabalhar para viver e não viver para trabalhar

Esse paradigma trouxe a perspectiva de que vida pessoal é separada de vida profissional, de que mente é separada de corpo - que é separado de espírito; a perspectiva de que pensar é algo separado de sentir, que é separado de agir. 

Esse entendimento influenciou toda a nossa sociedade e provocou três grandes separações. A primeira é a de que o ser humano é separado dele mesmo, realidade que está nos levando a um boom de transtornos mentais, de problemas psicológicos, baixo autocuidado, baixa autoestima, aumento de ansiedade, depressão, burnout; a segunda separação é a do 'nós e eles', o que gera uma desconexão entre um ser humano e outro, resultando em muita competição, desigualdade social, relações degenerativas e não nutritivas, preconceito, homofobia, misoginia, etarismo, como se houvesse bolhas; e por fim a do homem separado da natureza, quando há a ideia de que a natureza está ali para ser explorada e que seus recursos são infinitos, o que ocasiona esse problema climático absurdo que vemos hoje, mas que muitos acreditam não ter ligação com a nossa forma de viver. 

Tudo isso reflete um estilo de vida. Até hoje, vivemos baseados neste paradigma da separação. Me separei de mim mesmo, me separei do outro e me separei da natureza. Mas, estamos começando a viver um novo paradigma, o de que não somos separados. Não somos um monte de gavetas em que acessamos um aspecto de cada vez. Somos seres humanos integrais. Pensamos, sentimos, agimos, intuímos, tudo junto e ao mesmo tempo. E precisamos explorar mais essas nossas habilidades, pois está tudo interligado. Se eu penso que alguém pode me fazer mal, o meu pensamento gera uma emoção de medo, que joga cortisol no meu corpo, um hormônio do estresse para eu reagir àquela situação. Quando eu reajo, isso interfere negativamente no meu relacionamento com aquela pessoa, pois há uma tendência de ser violenta com ela. Essa é a integralidade da vida.

Quando se pensa em carreira, o antigo paradigma trazia uma perspectiva voltada para o não “dependa de ninguém, cresça, vista a camisa e dê o seu sangue pela empresa, faça seu patrimônio, busque segurança". As carreiras, até agora, eram vistas com a máxima quanto mais competição, melhor. A realização estava muito ligada ao dinheiro e ter mais para parecer ser melhor, e não ao propósito, mesmo que isso adoecesse. O que interessava era “ser bom” e, para “ser bom”, era preciso competir e "dar o seu sangue”. 

Hoje, vemos crescer a ideia do equilíbrio entre vida e trabalho, de que “quero trabalhar e quero viver”.  Nesse equilíbrio, a produtividade precisa ser saudável para que se possa viver e garantir as entregas sustentáveis a uma organização. Portanto, é preciso ser dinamicamente saudável e sustentável.

Neste novo contexto, a ideia do “deixe seus problemas fora do trabalho e produza” é impossível na prática. Nossas emoções refletem no nosso corpo físico e não se separam dos nossos pensamentos e atitudes. Isso deve ser entendido pelas empresas para que transformem suas culturas. Um ambiente de trabalho hostil, que só enxerga a competição e produtividade a qualquer custo, sem espaço para a expressão, para pedir ajuda, sem rede de suporte, não funciona mais. Nesse ambiente “ego sistêmico", o ser humano não consegue enxergar a própria potência.

No novo paradigma, somos seres humanos vivendo a nossa potência dentro de empresas que são organismos vivos. E por ser um organismo vivo, cada empresa precisa olhar para todos os seus stakeholders e suas relações. Precisa olhar para a potencialidade de cada um. A pessoa no centro da estratégia. Se todos estiverem bem, tanto colaboradores quanto lideranças, a empresa terá resultados sustentáveis. Todos precisam saber exatamente porque estão ali, o que precisam entregar e se isso faz sentido para o que querem para a vida. É criar um espaço para as pessoas serem quem são, para se expressarem com segurança psicológica. O ambiente de trabalho propício nesse novo paradigma é o de integração, cooperação e não de separação; é o ecossistema ao invés do “ego sistema”. No paradigma antigo, as pessoas estavam trabalhando para a sobrevivência. Nesse novo paradigma, as pessoas estão trabalhando por consciência, pois entendem que o trabalho é uma condição para contribuírem com um mundo melhor, onde o coletivo esteja acima do individual. E isso ajuda a viver uma vida com sentido.

* Adriana Bezerra, CEO da Flow Desenvolvimento Integral.

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Fonte: Cenarios Comunicação



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