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Mais um homem-bomba para sacudir o País

Mais um homem-bomba para sacudir o País

21/08/2023 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Infelizmente, de tempo em tempo, a Nação é impactada por atos e declarações de indivíduos onde até alguns portadores de desvio de comportamento, fazem o jogo do tudo ou nada e, no mínimo, saem do anonimato (quando não sobrem na cadeia).

Tivemos nesta semana, os depoimentos – à Polícia Federal e à CPMI de 8 de Janeiro, do Sr. Walter Delgatti, identificado como o hacker que confessa e informa ter, a soldo da deputada Carla Zambelli e ação do ex-presidente Jair Bolsonaro, invadido sistemas informatizados da Justiça Eleitoral e contribuído para atividades onde bolsonaristas de dentro do governo teriam tentado descredibilizar o processo eleitoral.

Também acusa Bolsonaro de ter atuado decididamente em busca de viabilizar um golpe de Estado. O ex-presidente nega, e os informes turbinam investigações.

Também se abrem ações nas Forças Armadas para identificar qual o tipo de relacionamento que esse indivíduo – hoje preso preventivamente – teve no âmbito dos quartéis e quem foram os seus interlocutores.

As bombásticas declarações de Delgatti lembram as do então deputado Roberto Jefferson que, em 6 de junho de 2005 denunciou o mensalão – esquema onde o governo comprava votos de parlamentares e, com isso provocou queda de ministros, processos e condenações de parlamentares e até ele próprio restou encarcerado e, depois disso, não se elegeu mais e teve outros entreveros com a lei.

Aguarda-se que as afirmações do hacker sejam meticulosamente investigadas para, em primeiro lugar, identificar a veracidade, os objetivos e, com base no apurado, fazer-se a justiça, tanto em relação aos denunciados quanto ao denunciante (se suas informações não se sustentarem).

O Brasil – e nenhum país – pode conviver com episódios dessa natureza sem apurá-los e promover a devida punição legal a todos os atos criminosos encontrados, independente de quem sejam os autores.

Zambelli, Bolsonaro e todos os citados pelo denunciante têm de ser colocados frente a frente com ele e os relatos que os envolvem dissecados e enviados ao poder judiciário com a tipificação.

Ainda mais: por uma questão de isonomia, deve ser garantido a Bolsonaro o mesmo tratamento judicial dado ao presidente Lula em relação às condenações da Operação Lava Jato.

Uma mesma régua deve ser utilizada para medir a todos os denunciados ou, então, não se fará justiça. Todos têm de responder integralmente pelo que cometeram e as investigações levarem à certeza do cometimento dos ilícitos e da autoria.

Os senadores e deputados integrantes da CPMI de 8 de Janeiro e de outras comissões em andamento no Congresso Nacional e nas casas legislativas estaduais precisam ser mais discretos em seus procedimentos.

Ao integrar o órgão de investigação, comparam-se a magistrados que apuram e ao final vão votar pela denúncia ou absolvição dos envolvidos.

Em vez de pronunciamentos histéricos, mal humorados ou tendenciosos como temos visto nas sessões, deveriam ser serenos e só se interessar pela verdade, não pela posição partidária ou ideológica própria ou dos acusados.

Espalhafatosos como têm se mostrado, não conseguem o respeito da população e, como ocorreu em passado recente, as reuniões   acabam pejorativamente comparadas a espetáculos circenses.

Não é para isso que as CPIs foram criadas e nem seus integrantes escolhidos pois, dessa forma, não chegarão à melhor e mais justa conclusão.

O momento hoje vivido é apenas um ponto de passagem da grande crise política vivida pelo País. Terminada essa fase, espera-se que os congressistas, principalmente, mobilizem-se para acabar com a nefasta reeleição para cargos executivos.

É por essa possibilidade de continuidade no poder que ocorrem irregularidades e até crimes como os que hoje procuram imputar ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Não houvesse reeleição, seria estapafúrdio pensar que o presidente estivesse pensando em não deixar o cargo ao final do seu mandato.

Também não teríamos o caso como o de Lula que – se analisarmos bem – encontra-se no seu quinto mandato presidencial (os seus dois, os dois de sua apadrinhada Dilma Rousseff, e o iniciado em janeiro último.

Precisamos de paz, honestidade e segurança para conviver, trabalhar, progredir e promover o bem-estar da população.

Jamais conseguiremos isso se permanecermos no ambiente de homens-bomba, intrigas, impunidade e desigualdade entre os cidadãos.

O País precisa de mais reformas do que se imagina. A grande reforma é, sem dúvida, o fim da reeleição de presidente, governador e prefeito. No dia que ela vier, trará consigo a pacificação política...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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