Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Lugar de agente ou servidor público não é na política

Lugar de agente ou servidor público não é na política

25/11/2023 Julio César Cardoso

No Parlamento nacional existem muitos profissionais da administração pública direta e indireta que estão exercendo mandatos políticos, quando deveriam estar prestando serviço nas instituições para as quais fizeram concurso público.

O fato remete à prática imoral do político que se ele, interrompe o mandato e vai exercer outras atividades nos governos.

No entanto, ambas as situações são legais, mas deveriam ser corrigidas. O país precisa rever os seus equívocos constitucionais.

A Constituição Federal se equivoca ao permitir que um agente ou servidor público concursado interrompa as suas funções para se candidatar a mandato eletivo.

Todos os agentes ou servidores públicos concursados, para exercerem mandatos políticos, deveriam pedir demissão dos serviços após a diplomação dos mandatos.

Não é justo que as entidades onde tais agentes ou servidores públicos trabalham fiquem desfalcadas devido ao exercício político.

O exercício político deveria ser para aqueles descompromissados com as obrigações públicas, assumidas por concurso público.

A administração pública direta e indireta não deveria ser contaminada com posições político-partidárias de seus agentes, interessados em disputar mandatos políticos.

Os altos salários e mais vantagens têm contribuído para que agentes ou servidores públicos concursados, em exercício de mandato, continuem na política e não queiram voltar para as suas origens trabalhistas.

Não é a representação de suas classes trabalhistas no Parlamento que motiva tanto os servidores ou agentes públicos de optarem pela política, mas o que fascina são os alentados salários e mordomias à disposição de parlamentares.

A título ilustrativo, os deputados federais e senadores no Brasil têm direito a auxílio moradia, ao ressarcimento integral de suas despesas com saúde (benefício estendido ao cônjuge e dependentes com até 21 anos de idade).

Eles também têm direito à cota para o exercício de atividade parlamentar, que cobre passagem aérea, hospedagem, combustível, verba para contratação de pessoa e a outros penduricalhos.

Esses benefícios colocam os parlamentares brasileiros entre os mais bem pagos do mundo e da América Latina. Sendo importante ressaltar que, quando se fala apenas de salário, a renda dos parlamentares está muito além da realidade nacional, isto é, 528 vezes a renda média da população. 

Com efeito, ser político no Brasil é um grande negócio, dadas as grandes vantagens concedidas.

* Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado.

Para mais informações sobre servidor público clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves