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A professora que silenciou o Legislativo potiguar

A professora que silenciou o Legislativo potiguar

26/05/2011 Julio César Cardoso

A manifestação corajosa da professora Armanda Gurgel, que silenciou os políticos presentes à audiência pública, de 10/05/2011, no Legislativo potiguar, representa o quadro mais indigno de como a educação e o professor são tratados com menoscabo no Brasil.

Os senhores políticos - deputados, senadores, governadores, presidentes da República e secretários de educação - deveriam se envergonhar com os problemas educacionais brasileiros. A desfaçatez das políticas salariais brasileiras com o magistério público é injustificável diante de uma categoria de fundamentação importância no fortalecimento da Nação. A que ministra educação e cultura à sociedade.

Que país paradoxal este onde deputados e senadores federais ganham R$ 26.700 reais e mais penduricalhos remuneratórios, sem esquecer também os salários dos prefeitos, governadores, deputados estaduais, vereadores e outros subalternos da administração pública, enquanto um professor da rede pública no RN ganha salário básico de R$930,00, sem desconhecer que há Estados que pagam até menos. Isso é escárnio e pouca-vergonha de nossas autoridades públicas aos profissionais de ensino.

Vejam como o poder público menospreza a educação. Para reivindicar reajuste salarial, a educação é simplesmente tratada como mercadoria de balcão, onde o agente público pechincha com os educadores para pagar ou reajustar o menor índice salarial possível. Como exigir-se uma boa educação se os professores são mal remunerados e muitos trabalham em escolas sem nenhuma infraestrutura educacional? Pergunta-se: que parlamentar, que prefeito, que governador, que presidente da República, que secretário de educação etc. viveriam com um salário de R$930,00, para custear as suas necessidades básicas, apresentar-se bem trajado e otimista ao trabalho? Não é uma grande desconsideração com a importância do educador no Brasil? Por isso, pouquíssimos são aqueles que ainda se aventuram no exercício do magistério (público). Era para o país, se fosse sério, ficar deveras preocupado e envergonhado.

Lamentavelmente, vivemos num país onde temos um Judiciário fraco e um STF político, que não exerce a sua função de guardião constitucional. Pois é inadmissível que o Poder Judiciário brasileiro não faça valer a sua autoridade de exigir dos governos estadual e federal o cumprimento integral da Constituição em matéria de educação e cultura. E o nosso Poder Legislativo Federal, uma casa de politicagem e de mordomias públicas, assiste a tudo de camarote e não reage.

Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado.



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