Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Perdão, essencial na escola e na vida

Perdão, essencial na escola e na vida

15/06/2012 Erika de Souza Bueno

Há pessoas aprisionadas e amedrontadas dentro de si e que, dia a dia, tentam se acostumar com a ausência da liberdade e da paz.

Há aqueles que se negam a dizer a verdade por medo da repreensão e, por isso, vivem amargurados e inseguros. Há aqueles que fogem dos próprios pensamentos, pois estes insistem em apontar fatos dos quais tentam se esquecer. Há gente que não sabe o que é dormir tranquilamente, pois vive em meio a pesadelos com chances razoáveis de tornarem-se reais.

Se desde a infância fôssemos ensinados a dizer somente a verdade, talvez essas pessoas hoje estivessem, simplesmente, felizes. Se tivéssemos aprendido a revelar - em vez de esconder - nossas fraquezas e se, com isso, não tivéssemos sido ridicularizados, talvez as clínicas médicas hoje não estivessem tão cheias de pessoas com enfermidades advindas de angústias do passado. Infelizmente, nem mesmo a escola conseguiu nos ensinar que a liberdade também depende da nossa coragem e disposição de nos enfrentarmos e de encararmos as consequências dos nossos próprios equívocos.

Ainda hoje, há relatos de crianças que, quando tiram notas baixas, são acusadas, acuadas e, consequentemente, acometidas de um sentimento de inferioridade. A partir disso, essas crianças se acostumam, assim como nós, adultos, a maquiar a verdade, a omitir fatos e a não confessar o erro, pois, aparentemente, é mais simples escondê-lo. Conhecedora de tudo isso, a escola pode fazer diferente. Pode, por exemplo, incentivar uma postura de autoconfiança nos alunos, de modo que entendam que são maiores que o erro e que, por isso, podem vencê-lo.

A escola não pode ser omissa quanto a esse assunto, não pode mostrar apenas um lado da moeda, não pode supervalorizar aquele que sempre acerta em detrimento daquele que tem uma postura inadequada. Na sala de aula, é preciso sensibilidade e clareza por parte dos professores para ensinar que se livrar da culpa e do engano, entretanto, não é tarefa fácil, pois não é unilateral, há mais pessoas envolvidas e não é sempre que se pode contar com a compreensão delas.

De qualquer modo, mesmo que haja poucas possibilidades de se obter o perdão e a compreensão de outra pessoa, é essencial que ele comece com a parte que, por um acaso, tenha errado em relação a alguém. O perdão, assim como tantas outras habilidades, é ensinado pelo exemplo e, por isso, o professor não pode trazer à memória erros que alunos tenham cometido em outras ocasiões na escola.

É necessário aprender que quando um aluno comete uma indisciplina, ele não é para sempre indisciplinado, ele está ou esteve (estado passageiro) em indisciplina, pois, assim como qualquer um de nós, o aluno também precisa de pessoas que estejam dispostas a dar mais uma chance, a não desistir dele.

Com isso, aumentam as chances de dias melhores e de nos envolvermos com pessoas que sabem confessar o erro, pedir perdão e que, beneficiadas dele, sejam capazes de o fornecer sem mágoas e ressentimentos, acreditando que tudo vai, de fato, melhorar.

Erika de Souza Bueno é Coordenadora Pedagógica da Planeta Educação e Editora do Portal Planeta Educação. Professora e Consultora de Língua Portuguesa; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família.  



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves