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Seu filho é um “aluno problema”?

Seu filho é um “aluno problema”?

26/07/2012 Maurício Sampaio

Muitos pais entram em verdadeiro estado de angústia quando seus filhos não vão bem na escola ou não tiram notas boas. Para alguns, é o início de um grande problema.

Para outros, um enorme desafio. Nessa hora, muitos correm para procurar auxílio de profissionais especializados e o primeiro diagnóstico é dificuldade de aprendizado. Para os pais e educadores, são os famosos “alunos problema”.

E, para os filhos, o rótulo: “eu sou um problema”. Esse é o início de um sistema prejudicial e que pode de fato fazer com que essa situação piore. Vários são os motivos para que isso ocorra. Na visão e entendimento dos alunos, eles passam a se reconhecer como um problema e, com isso, o nível de desmotivação despenca.

Outro ponto é em relação a sua turma, aos seus colegas. Na maioria dos casos, o “aluno problema” se coloca de forma inconsciente aquém da turma. O que acontece é uma absorção do seu sistema emocional sobre a situação desanimadora de ser uma pessoa problema. Além disso, alguns pais acreditam fielmente que seu filho é um problema e passa a tratá-lo como tal.

Uma prova disso é o crescimento do número de pais que estão procurando profissionais, como psicólogos e psiquiatras, para remediar seus filhos sem a mínima necessidade. Os educadores também utilizam rótulos como “esse aluno é um problema”. Na maioria dos casos, esse aluno ou aluna é tratado como “especial”.

Muito professores estão, precocemente, orientando os pais a enviarem seus filhos para uma avaliação, para um trabalho à parte, sem ao menos realizar um papel que é de um educador: oferecer novas estratégias de ensino e aprendizagem. Todos nós nascemos com capacidades e limitações e não podemos somente tachar essas limitações de problemas.

É preciso um novo olhar, uma nova atitude mais positiva. Ao invés de dizer que o aluno tem um problema, porque não dizer que esse aluno precisa aumentar seu nível de desempenho? Isso inclui novas perspectivas de abordagens e estratégias mais positivas. Nosso sistema de recompensas funciona infinitamente melhor com colocações positivas do que as negativas.

Além disso, grande parte dos “problemas” que os alunos apresentam não são de ordem patológica, mas, sim, de sistemas de organização e planejamento. Alunos que obtém melhores resultados no vestibular são os que se programam, planejam, sabem se organizar e conseguem vencer suas dificuldades. Pensam de forma positiva em relação ao seu futuro e as suas conquistas.

Problemas todos nós temos e isso não significa que somos pessoas problemas, o que precisamos é identificar os caminhos e as estratégicas corretas para cada pessoa. É preciso abrir possibilidades, criar novos modelos acompanhamento e aprendizagem.

Trabalhar com foco no que é exigido no futuro profissional: motivação, capacidade de superação, brilhantismo e autoestima, e não ficar estagnado em rótulos que mais atrapalham do que de fato ajudam.

Maurício Sampaio é especialista em orientação educacional e vocacional.



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