Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Apagão profissional e mão de obra assistida

Apagão profissional e mão de obra assistida

28/09/2012 Vagner Jaime Rodrigues

A carência de recursos humanos qualificados em quantidade suficiente para atender à demanda de uma economia aquecida como a brasileira nos últimos anos é um desafio para as empresas e o País.

Trata-se de uma clara evidência de que nosso sistema educacional, ainda refletindo equívocos do passado, está em descompasso com o mercado de trabalho, num Brasil que vem crescendo, dentre outros fatores, com base na inclusão socioeconômica e ascensão das classes C e D.

A conversão do ensino de excelência em provedor de capital humano de alto nível em caráter intensivo é um processo de longa maturação. Se agregássemos de imediato a devida qualidade a partir da Educação Infantil, colheríamos esse fruto somente daqui a vinte anos, quando essa nova geração estaria se formando nas universidades. Enquanto isso não ocorre, seguimos enfrentando uma situação no mínimo paradoxal, para não dizer irônica: temos uma das mais baixas taxas de desemprego de toda a nossa história, mas faltam profissionais qualificados.

Nesse contexto, uma alternativa eficaz, que apresentou ótimos resultados à época das vacas gordas na Europa e nos Estados Unidos, é a alocação de mão de obra assistida, algo novo no Brasil, um país que vai incorporando soluções indispensáveis para economias em franco desenvolvimento.

Trata-se de um modelo capaz de atender empresas que necessitam de profissionais especializados por um tempo pré-definido. A modalidade é, na maioria das vezes, demandada pelas áreas administrativas, como finanças, recursos humanos e, principalmente, tributos e contabilidade, pois nestas duas últimas surgem de modo frequente novas normas, instruções e leis, às quais as organizações precisam adaptar-se com agilidade.

Diferentemente do serviço de alocação tradicional, o profissional da mão de obra assistida passa por um treinamento antes de assumir seu posto e continua sendo treinado caso seja identificado um gap técnico durante o tempo de permanência no projeto. As empresas buscam esse tipo de serviço quando estão passando por expansão de seus negócios e reestruturações, para trabalhos extras e/ou contingenciais, como conciliações atrasadas, reconciliações, elaboração e revisão de obrigações acessórias, regularização de livros ficais e contábeis, dentre outras demandas.

Além disso, a mão de obra assistida é providencial para as firmas que têm limites de headcount  ou têm dificuldades na liberação de profissionais para férias ou dispensa médica por ocasião de gravidez e atuam em atividades nas quais se verifica maior carência de recursos humanos qualificados. No caso atual do Brasil, todas essas situações encontram-se em fase aguda, dado o aquecimento do mercado de trabalho, contraposto à grande defasagem histórica de nosso sistema educacional.

Numa nação na qual o ensino é capaz de prover em profusão capital humano de alto nível, a mão de obra assistida já faz muito sentido. Imagine aqui, onde o descaso com a escola foi uma das grandes marcas negativas de nossa história no século passado.

Vagner Jaime Rodrigues é mestre em contabilidade, sócio da Trevisan Gestão & Consultoria e professor da Trevisan Escola de Negócios. 



Tributação versus solidariedade

A discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, inserido no contexto da reforma tributária brasileira, trouxe à tona questões relevantes para o setor filantrópico do país.

Autor: Carmem Murara


Sem ordem não há progresso

Anarquia e desordem se espalham pela Terra. Poucos indivíduos ainda sentem a necessidade de agir com retidão. Sem ordem não há progresso.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Novo Marco de Garantias: democratização e barateamento do crédito

Dados do Banco Mundial mostram que, ao redor do mundo, a taxa média de recuperação de créditos é de 36,90 centavos por dólar.

Autor: Adolfo Sachsida


Mau filho, mau cidadão

Quando nascem os bebês, começa uma série de preocupações por parte dos pais de como educarão seus filhos. Aliás, as dúvidas começam mesmo antes do nascimento.

Autor: Pedro Cardoso da Costa


Pablo Marçal, a lição de campanha nas redes sociais

Independentemente de como terminará a eleição de Prefeito de São Paulo – que ainda sofrerá a influência dos acontecimentos dos próximos 40 e poucos dias – o candidato Pablo Marçal dela sairá consagrado como o político que teve a inteligência e a sensibilidade suficientes para bem utilizar as redes sociais e, mais que isso, dispor de conteúdo ao interesse do eleitorado.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Por onde andam os líderes na geração “Plástico-Bolha”?

Vivemos em uma época peculiar. Enquanto a tecnologia avança, as oportunidades se amplificam para as novas gerações.

Autor: Lucas Atanazio Vetorasso


Falta bom senso

No passado, sempre havia, na gestão dos municípios, pessoas com bom senso e visão, tanto que a legislação sobre o manejo do lixo conta mais de 70 anos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Aroma de saudades

Hoje em dia a turma cria os filhos diferente. Na minha época, não... Acho que tudo era mais simples, mais verdadeiro, mais genuíno. Não sei...

Autor: André Naves


O profissional e a profissão

“Ora, poderias encontrar alguma coisa que se ligue mais estreitamente à ciência do que a verdade? Logo, quem ama de fato a ciência deve, desde a juventude, desejar tão vivamente quanto possível apreender toda a verdade.” (Sócrates in A república de Platão).

Autor: Menildo Jesus de Sousa Freitas


Maria da Penha, a demora da Justiça e a real necessidade de mudança

No último dia 7 de agosto, o presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, em nome do Poder Judiciário, fez um pedido de desculpas à ativista Maria da Penha pela demora e por falhas da justiça brasileira na análise do seu caso de violência doméstica.

Autor: Mayra Vieira Dias


Prometer pouco e cumprir muito pode transformar o país

A proximidade das eleições municipais é um momento propício para uma reflexão necessária dos brasileiros.

Autor: Samuel Hanan


Grau de maturidade sociopolítica e democracia

Cada vez mais doutrinadores têm defendido a tese segundo a qual a democracia e o chamado regime democrático constituem-se muito mais acertadamente em uma “resultante estrutural dialética”.

Autor: Reis Friede