Portal O Debate
Grupo WhatsApp

País rico é país que gera riqueza para combater a pobreza

País rico é país que gera riqueza para combater a pobreza

12/07/2013 Aguinaldo Diniz Filho

O Brasil passa por um momento histórico, que está abalando as estruturas políticas do País.

As pessoas estão indo às ruas não para comemorar gols, ou a seleção, mas para gritar por seus direitos.

Esse quadro de indignação e esgotamento das Instituições Públicas já era sentido há anos pelos empresários, diariamente. O gigante Brasil estava adormecido e precisou que a população de forma ordeira e civilizada, se movimentasse como poder originário, para cobrar melhores caminhos.

No meio desse turbilhão, a Abit realizou um encontro em Brasília entre empresários do setor, de todo o País, no dia 19 de junho, com parlamentares que defendem a indústria da moda e a indústria nacional. Também foi um momento histórico, pois reunimos mais de 300 pessoas interessadas em lutar por essa causa. Sensibilizar políticos, autoridades e até mesmo nossos pares em relação a uma agenda de competitividade não é tarefa simples, mas no Encontro de Brasília estivemos coesos na direção a seguir.

Essa consciência coletiva reconhece que o Brasil foi abençoado com algumas dádivas naturais, como commodities metálicas e não metálicas, mas parece que não sabemos tirar proveito desses presentes. É preciso agregar valor e transformar esses recursos em benefícios para os brasileiros. Um país rico é antes de tudo um país que gera riqueza para acabar com a pobreza. A indústria nacional vem sendo tolhida em sua vocação que é gerar riquezas. Há uma década, a indústria representava quase 30% do PIB. Hoje, está patinando em menos de 14%.


O governo criou incentivos, desonerações, redução do custo de energia, margem de preferência, PSI (Plano de Sustentação de Investimento), e dentre outras medidas, todas absolutamente importante para o setor, que faz uma vez mais questão de reconhecer, mas não são suficientes, infelizmente, tendo em vista uma concorrência desleal e predatória, em que vive o nosso setor. Precisamos sim e talvez a hora seja agora, de uma reforma tributária que desonere, simplifique e dê transparência ao recolhimento de tributos, hoje em torno de 37% do PIB.

No bojo das reformas necessárias, que por longo tempo estão sendo discutidas, urge também, que façamos as reformas políticas, trabalhista e previdenciária, que sem dúvida, abrirão as portas do futuro para a Nação Brasileira. O Brasil sempre foi um player muito respeitado no setor têxtil mundial, mesmo sem exportar tanto. Sua capacidade instalada envolvendo mais de 32 mil empresas, sua autossuficiência no algodão, investimentos médios de US$ 2 bilhões/ano, sendo um dos parques fabris de referência em sustentabilidade, sempre impressionou os jornalistas e compradores internacionais que vieram conhecer nosso setor in loco.

Apesar de toda a representatividade da indústria da moda nacional, de sua força inigualável de gerar emprego e renda para mais de 1,7 milhão de brasileiros, produzindo cerca de 9 bilhões de peças confeccionadas (incluindo-se aí vestuário e cama, mesa e banho) e estando dentre as quatro maiores do mundo, a carga tributária tem sido o grande algoz que está tirando nossa competitividade, juntamente com os produtos importados asiáticos que, ao contrário, recebem todos os incentivos inimagináveis para atravessar o oceano e chegar aqui, de forma tão desleal, muito mais baratos do que as roupas produzidas no próprio Brasil.

Esse quadro brasileiro de inúmeros impostos e tributos sociais, previdenciários, ambientais, trabalhistas, é um criadouro de situações que denigrem a moda brasileira, como trabalho análogo à escravidão, informalidade, produtores virando importadores, e por aí vai.

A Abit e a Frente Parlamentar Mista Jose Alencar pelo Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção estão defendendo o Pedido de Salvaguarda para Vestuário e um Regime Tributário Competitivo para Confecção (RTCC), pois acredita que somente assim será possível resgatar a competitividade e garantir não somente o emprego de milhares de brasileiros, como também crescer e gerar mais renda para o Brasil. Definitivamente, vale a pena lutar por este setor, lutar por cada atividade que gere dignidade ao povo brasileiro e, lutar pelo Brasil.

* Aguinaldo Diniz Filho – presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção(Abit).



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves