Portal O Debate
Grupo WhatsApp

As Ondas do BIM

As Ondas do BIM

22/08/2013 Marcus Granadeiro

As empresas estão focadas em migrar do CAD (do inglês, Computer Aided Design) para o BIM (Building Information Modeling).

Clientes finais começam a exigir projetos desenvolvidos com a nova tecnologia, o que faz com que as empresas de engenharia se capacitem para atender a esta demanda. Com isso, os primeiros modelos de informação das edificações estão ficando prontos.

Este é um processo inevitável, independente de qual fornecedor ganhará a disputa pelo fornecimento da tecnologia de modelagem, de qual velocidade vai acontecer e da qualidade que estes modelos irão ter. Mas, o que fazer com estes modelos? Qual é a melhor forma de se aproveitar os benefícios desta tecnologia? Este é o tema que deve estar na mente dos estrategistas das empresas, pois a decisão de ir para a tecnologia BIM já é passado, assim como o caminho a ser trilhado para isto.

A primeira “onda” de benefícios acontece e é notada em conjunto com a própria adoção da ferramenta, ela está relacionada à fase de projeto. A introdução da ferramenta obriga os projetos a elevarem seu nível de integração, melhorarem sua qualidade quanto à resolução de conflitos, uma vez que o 2D é mais tolerante a improvisos do que o 3D paramétrico. O papel aceita tudo, mas o modelo BIM não. Esta primeira “onda” de benefícios muitas vezes é confundida e vista como maléfica, pois dá a impressão que o projeto fica mais lento, mais difícil.

Porém, há um conflito ao perceber que não se trata só de tecnologia, mas que é necessário pensar também em Engenharia. Sobre este primeiro momento muito já foi escrito e debatido. As próximas “ondas” acontecerão de forma natural com os projetos em BIM sendo construídos e habitados. Na fase de obra, o modelo será usado para facilitar a compreensão da construção, para automatizar compras e para sofisticar o planejamento através das tecnologias de 4D e 5D.

O 4D é quando associamos o tempo com o modelo 3D, sendo o tempo a quarta dimensão. O 5D é quando associamos o custo às outras quatro dimensões. Há um espaço muito grande para a integração do BIM com colaboração quando pensamos em reportar não conformidades e fazer vistorias e inspeções, principalmente com o uso de dispositivos móveis. Na fase de pós-chaves o modelo será usado para sofisticar o manual do usuário dentro de uma tendência de gameficação, ou seja, permitir que o usuário navegue pelo seu imóvel, assim como seu filho atualmente navega pelas cidades em joguinhos, facilitando o entendimento das instalações embutidas.

Há uma preocupação das construtoras em relação à correta manutenção do edifício, pois isto pode influenciar diretamente no desempenho da edificação, que, por norma, deve ser garantido pelas construtoras. O BIM também pode ser uma excelente aplicação neste quesito. A última e mais forte “onda” do BIM acontecerá no momento em que o volume de modelos se tornar grande demais e que os conectarmos à tecnologia GIS (Geographic Information System) e à “Internet das coisas”.

Os modelos BIM são intrinsecamente paramétricos, ou seja, contêm muitas informações associadas, isto os torna candidatos perfeitos para serem elementos de uma topologia GIS. O tipo de uso, a quantidade de vagas de garagem, a potência instalada a quantidade de vasos sanitários, todos são elementos que podem ajudar em projetos de GIS ou mesmo em projetos de infraestrutura.

Os equipamentos mais modernos podem gerar dados, armazená-los ou transmiti-los remotamente, é o conceito de “Internet das coisas” ou “Big data”. Estes equipamentos posicionados e integrados em modelos BIM associados a um modelo GIS será a grande revolução da próxima década, a última grande “onda” do BIM.

*Marcus Granadeiro é presidente da Construtivo.com, empresa de fornecimento de solução para gestão e processos de ponta a ponta para o mercado de engenharia, com oferta 100% na nuvem e na modalidade de serviço (SaaS).



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves