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Artrite reumatoide: o papel da ressonância no diagnóstico precoce

Artrite reumatoide: o papel da ressonância no diagnóstico precoce

14/02/2014 Edson Sato

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, em 2030 haverá 67 milhões de americanos com mais de 18 anos diagnosticados com algum tipo de artrite.

A forma mais comum da doença é a osteoartrite, mas outras formas reumáticas comuns de artrite incluem gota, fibromialgia e artrite reumatoide. Esta última acomete entre 0,5% e 1% da população mundial adulta e é cerca de três vezes mais comum em mulheres – com picos de incidência por volta dos 50 anos. No Brasil, há estimativas de que a doença acomete 0,46% da população.

De origem desconhecida, a artrite reumatoide provavelmente é de causa multifatorial, decorrendo de uma combinação de predisposição genética disparada por um fator ambiental, acarretando em uma resposta autoimune contra os tecidos sinoviais, que recobrem tendões, articulações e bursas, com hiperplasia sinovial e formação de pannus (que consiste em um tecido inflamatório crônico sinovial), destruindo cartilagem e o osso subcondral. Os sintomas iniciais geralmente comprometem os punhos e as mãos, num padrão simétrico e de distribuição proximal.

Mas os pés e grandes articulações também podem ser acometidos pela doença que, tardiamente, pode atingir ainda outras estruturas e sistemas, como pulmões, sistema cardiovascular, pele e olhos. As manifestações musculoesqueléticas são dominantes e as mais precoces na artrite reumatoide. Devido a essas peculiaridades, os exames de ressonância magnética são particularmente sensíveis no diagnóstico precoce da artrite reumatoide.

Os achados incluem espessamento sinovial, formação de pannus, afilamento das cartilagens, cistos e erosões subcondrais, edema ósseo periarticular e derrame articular. Os sintomas incluem: dores generalizadas, cansaço, indisposição, rigidez matinal; aumento de partes moles, inchaço das articulações das mãos e punhos, geralmente simétricos; nódulos reumatoides (localizados debaixo da pele, principalmente em áreas de apoio). Tais sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, sendo sempre importante que o paciente procure um reumatologista para conduzir ao diagnóstico e tratamento corretos.

Nesse contexto, a ressonância magnética das extremidades torna-se um aliado importante na avaliação das pequenas articulações que costumam ser comprometidas pela artrite reumatoide. O exame é realizado com maior conforto numa cadeira reclinável, inserindo-se apenas a área anatômica de interesse no equipamento. Além de simplificar e agilizar o exame, o paciente sente-se mais tranquilo ao saber que não precisará ficar deitado em um espaço restrito – o que é particularmente importante em casos de claustrofobia.

Outra vantagem é que o paciente infantil ou idoso pode ser acompanhado por um familiar o tempo todo. O equipamento de ressonância magnética das extremidades é de alto campo (1,5 tesla) e conta com um sistema sofisticado que não utiliza radiação ionizante, possibilitando diagnóstico avançado das articulações das extremidades do corpo de forma eficiente. É, portanto, ideal para diagnosticar artrite reumatoide.

*Edson Sato é médico radiologista, especialista em Radiologia do Sistema Musculoesquelético do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB).



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