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1984 é hoje.

1984 é hoje.

13/03/2014 Artur Salles Lisboa de Oliveira

O Livro 1984 de George Orwell é mais contemporâneo do muitos podem imaginar. O retrato de uma sociedade ficcional na qual o Partido dominante tem pleno controle sobre as ações e a mente dos indivíduos encontra fortes precedentes nos dias atuais.

Em 1984, o Partido utiliza alguns métodos para obter êxito em ceifar quaisquer iniciativas contrárias ao seu poder, valendo destacar os seguintes aspectos avaliados a seguir. À época existiam três super potências – Oceania, que é o objeto de análise do autor, Eurásia e a Eastasia -, sendo que com a finalidade de justificar a sua própria existência, o Partido propaga constantemente que as demais forças militares daquele tempo estavam todo o tempo planejando invadir a Oceania.

Traçando um paralelo com a conjuntura atual, é possível encontrar em diversos países economicamente atrasados, condições econômicas sofríveis sendo atenuadas pelo assistencialismo de governos que, semelhante a 1984, propagam que a sua existência e, em muitos casos, a sua perpetuação no poder por décadas se justificam pela necessidade de proteger sua população da opressão das grandes potências.

Com o intuito de restringir a percepção de realidade da população, o Partido, assim como inúmeros governos presentes hoje, dificultam a saída de seus cidadãos para outros países por um motivo bem simples: evitar que as pessoas percebam que existem pessoas em outras partes do mundo desfrutando de condições de vida bem superiores. A respeito desse tema, vale a reflexão em “Liberdade? Silêncio Covarde”. Outro ponto em comum entre o livro 1984 e a realidade atual é a restrição da manifestação do contraditório.

George Orwell expõe os instrumentos utilizados pelo Partido com esse fim, sendo que um deles é o encurtamento do número de palavras permitidas aos cidadãos da Oceania mediante a extinção de vocábulos indesejados. Recentemente, os brasileiros acompanharam atônitos o flerte do governo com o controle da imprensa, cuja efetivação se daria por meio da criação de um órgão governamental de monitoramento da atividade jornalística. Salvas as devidas proporções, o fim era o mesmo: ceifar o direito de se expressar livremente.

Por fim, vale salientar que o Big Brother retratado em 1984 não é caracterizado por uma pessoa, mas é um símbolo do poder do Partido sobre todas as atividades da vida da população. De forma semelhante, aturamos nas telas da televisão o Big Brother Brasil da emissora do PLIM PLIM, que inegavelmente é uma manifestação do poder econômico e midiático de grandes corporações capitalistas sobre o comportamento dos brasileiros.

* Artur Salles Lisboa de Oliveira é administrador de empresas e colaborador da Revista Exame.



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