Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O segredo das empresas com vida longa e próspera?

O segredo das empresas com vida longa e próspera?

01/07/2014 Orlando Oda

Se habilidade técnica, comercial e força de vontade fossem os fatores determinantes para criar uma empresa com vida longa e próspera, a taxa de mortalidade empresarial deveria ser bem menor.

Qual é a raiz que sustenta a vida longa? Será que não estão plantando uma empresa sem a raiz? Esta abordagem não é para tratar da longevidade empresarial, como no livro “Feitas para Durar”, de Jim Collins. Também não estamos falando apenas de durar enquanto o fundador for vivo. A longevidade empresarial é outra questão: depende da sucessão empresarial, mercado que atua, evolução tecnológica, e muitos outros fatores. Perguntar quanto tempo uma empresa vai durar é como perguntar quantos anos alguém vai viver.

O objetivo deste artigo também não é tratar disso. Somente uma coisa é certa: não vai durar para sempre. É como a nossa vida. Uma empresa, para ter uma vida longa e próspera, precisa de autorização. Ela se credencia à medida que se torna necessária, útil à sociedade, ou seja, quando os clientes reconhecem a sua utilidade. Milhares de empresas nascem e morrem porque não se credenciam, baseiam-se unicamente em obter resultados financeiros. Não é que o lucro não seja importante.

O objetivo do palestrante não é receber aplausos. Se os aplausos forem poucos, significa que não está agradando ao público. Se o lucro da empresa for pouco, significa que o cliente não está aprovando a empresa. A empresa não está sendo administrada direito. O lucro não deve ser o objetivo principal da empresa. Lucro é o principal parâmetro de análise. A lei da causalidade diz que para receber algo é preciso dar alguma coisa. O resultado depende da causa.

A causa para lucrar é ser útil a um grande número de pessoas, isto é, produzir bens e serviços úteis às pessoas. Para produzir bens e serviços úteis a preços que sejam acessíveis e competitivos é preciso desenvolver várias habilidades: técnicas, humanas, inovação, percepção e diagnóstico para ver e solucionar problemas complexos. Todas são importantes para o sucesso, porém, não são as verdadeiras causas da mortalidade precoce. Um engenheiro civil estuda cinco anos na faculdade de engenharia para que? Para construir a sua casa? Não! Seu trabalho é construir a casa para outras pessoas.

O fundamento do trabalho é sempre trabalhar para os outros. O fundamento da empresa e do seu fundador é trabalhar para outras pessoas e nunca para si. A raiz que alimenta e sustenta a edificação empresarial é igual a raiz da árvore. A raiz é invisível, fixa e sustenta o tronco, galhos e folhas. O que mantém a planta em pé na tempestade não é a estrutura física do tronco. Da mesma forma, não é a estrutura física da empresa, como prédios e máquinas, que mantém a empresa viva no dia do vendaval.

O que sustenta a existência de qualquer coisa neste mundo é a ideia que é a causa. Existe enquanto a ideia que sustenta existir. Um edifício que fica abandonado sem serventia se desmorana. Toda empresa surge da ideia do fundador de suprir uma demanda, uma necessidade real ou potencial de clientes. O que faz a empresa ter vida longa e próspera é manter viva a ideia de origem da criação por meio de inovação. Não é o produto, o serviço ou a qualidade. Estes são apenas resultados da ideia inicial. O segredo está na ideia de origem, a raiz da essência do negócio, do início da empresa.

*Orlando Oda é administrador de empresas, mestrado em administração financeira pela FGV e presidente do Grupo AfixCode.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves