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O impacto da doença bucal na população brasileira

O impacto da doença bucal na população brasileira

04/08/2014 Dra. Helenice Biancalana

O Brasil é um dos países com maior número de cirurgiões-dentistas, de faculdades de Odontologia, e de indústrias de material e equipamentos odontológicos.

Ainda assim, muita gente só procura o cirurgião-dentista quando sente dor. A saúde bucal costuma ser dada como certa, mas, sendo parte essencial para nossa vida – podendo ser porta de entrada para muitas outras doenças graves –, merece mais atenção. Uma boa saúde oral contribui para que possamos nos expressar com clareza, provar, mastigar, salivar e sorrir – mostrando nossas emoções através da expressão facial.

Entretanto, diante de uma doença bucal – seja ela uma lesão por cárie, seja uma gengivite ou um câncer de boca –, as pessoas sentem-se imediatamente abatidas, com impacto na vida social, profissional e nos relacionamentos íntimos. Daí a importância de cuidar dos dentes desde muito cedo. Problema que pode ser facilmente prevenido em todas as idades, a cárie ainda causa muita dor no povo brasileiro – principalmente na infância e pré-adolescência –, sendo também responsável em grande parte pela abstinência escolar, diminuição do apetite, dificuldade de concentração e baixa autoestima.

Ainda não conseguimos mensurar o quanto isso impacta a qualidade de vida do indivíduo e das pessoas que o cercam. Mas, é possível ter uma ideia do prejuízo para a vida de cada um. Nesse sentido, por mais que as políticas públicas garantam maior presença de flúor na água que abastece grande parte dos lares brasileiros, é muito importante um acompanhamento odontológico – sem negligenciar o fato de que a cárie é um problema que acomete muitos adultos também.

Já a doença periodontal – sendo a gengivite a mais comum – é uma infecção causada por bactérias, que vai se infiltrando no tecido gengival até atingir o osso. Não raro, a pessoa se dá conta da gravidade do que está acontecendo somente quando percebe que o dente amoleceu ou que está mais difícil mastigar alimentos sólidos. Em muitos casos, o diagnóstico é dado junto com a sentença de que o dente tem de ser extraído. Além disso, a doença periodontal pode estar conectada diretamente com alguma outra condição da saúde do paciente, como diabetes, cardiopatias, infecções nos pulmões etc.

Vale dizer que pacientes fumantes têm três vezes mais chances de contrair uma gengivite em relação aos não-fumantes. Outro dado alarmante que pode e deve ser combatido é o surgimento de pelo menos dez mil novos casos de câncer de boca no Brasil todos os anos. Quando o diagnóstico é feito precocemente, a cura pode ser total. Entretanto, em 85% dos casos o diagnóstico ainda é feito numa fase avançada da doença.

Muitas são as pessoas com mais de 50 anos que desconhecem a importância de visitar pelo menos uma vez por ano o cirurgião-dentista e os principais sintomas do câncer de boca: surgimento de feridas que não cicatrizam dentro de uma semana, manchas brancas, vermelhas ou pretas, além de dificuldade de deglutição e sangramento. Por mais que tenham aumentado as ações midiáticas e políticas públicas na área da Saúde Bucal, esse rápido panorama nos mostra o quanto a população ainda é impactada pelas doenças orais e o quanto a solução depende do esclarecimento e da iniciativa de cada um, no sentido de prestar mais atenção nos cuidados pessoais, na higiene bucal diária, no acompanhamento regular de um profissional de Odontologia.

*Dra. Helenice Biancalana é cirurgiã-dentista e diretora do Departamento de Prevenção e Promoção de Saúde da APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas.



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