Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Escolas Municipais de Porto Alegre

Escolas Municipais de Porto Alegre

22/09/2014 Roberto Lacerda Barricelli

Já fiz esse mesmo estudo com São Paulo/SP e o resultado foi o mesmo. Educação pública mais cara que a particular, que é superior à primeira.

Falo em superioridade com base no seguinte: entre as escolas que alcançaram o melhor desempenho no ENEM 2013, do Município de Porto Alegre/RS, só uma pública aparece melhor que algumas particulares: o Colégio Militar de Porto Alegre, enquanto as particulares estão acima das municipais.

Uma boa escola privada custa entre R$1.200,00 e R$1.500,00, e quando falo boa, quero dizer de qualidade satisfatória e (obviamente) melhor que as municipais e (principalmente) as Estaduais. Ocorre que a Prefeitura de Porto Alegre alocou R$679.359.180,00 (R$679 milhões) de orçamento para a Secretaria Municipal de Educação, de acordo com o LOA 2014. Sendo o número de alunos das 96 escolas municipais de aproximadamente 55 mil, o custo por aluno ao ano é de R$12.351,98 e ao mês é de R$1.029,33.

No entanto, ao analisarmos o custo das escolas privadas de padrão elevado que hoje custam entre R$1.200,00 e R$1.500,00 (com os impostos) verificamos a falta de lógica do sistema de educação pública. Observe a tabela abaixo:




Como podemos verificar, as escolas municipais custam mais à Prefeitura de Porto Alegre do que custariam as mensalidades das privadas sem os impostos. Isso significa que compensa muito mais combinar uma desonerar as instituições de educação e desregulamentar o setor (dentro do que for possível no âmbito municipal, por exemplo, facilitar obtenção de alvarás e certidões que sejam de responsabilidade da prefeitura), para depois privatizá-las, ou terceirizá-las; o que seria mais fácil, pois está dentro do que pode fazer a prefeitura, e oferecer voucher apenas para quem não tem condições de pagar pelos custos do sistema privado.

Sabendo que desonerações e desregulamentação promovem o livre mercado no setor e que o livre mercado leva à livre concorrência, posso dizer sem hesitar que os porto-alegrenses terão escolas melhores e mais baratas. Ora, a livre concorrência obriga as empresas a investirem em produtos e serviços melhores e mais baratos, para atrair consumidores e não falirem.

Quem deseja falir? Pois é, logo, com mais opções, melhores e mais baratas, o custo das escolas privadas por aluno será ainda menor que o calculado inicialmente neste artigo. Logo, os impostos que deixam de ser arrecadados no setor são compensados pela diminuição exponencial dos custos da prefeitura de Porto Alegre/RS com o novo sistema. Mas há mais! Os alunos com acesso à educação privada de qualidade terão sua mão de obra futura valorizada e as próximas gerações terão condições de arcar com os custos da educação de seus filhos.

Com isso, o sistema de voucher, aliado ao livre mercado, levará ao fim de si mesmo no longo prazo, diminuindo o Estado no curto prazo e acabando com os custos deste com educação no futuro. Portanto, não há o menor sentido manter o sistema atual, que onera mais os cidadãos e proporciona serviços ruins aos contribuintes em troca de parte considerável de seus rendimentos (impostos). Não há sentido, a não ser que alguém esteja ganhando com isso (com certeza não somos nós).

*Roberto Lacerda Barricelli é Jornalista, Assessor de Imprensa do Instituto Liberal e Diretor de Comunicação do Instituto Pela Justiça.



O profissional e a profissão

“Ora, poderias encontrar alguma coisa que se ligue mais estreitamente à ciência do que a verdade? Logo, quem ama de fato a ciência deve, desde a juventude, desejar tão vivamente quanto possível apreender toda a verdade.” (Sócrates in A república de Platão).

Autor: Menildo Jesus de Sousa Freitas


Maria da Penha, a demora da Justiça e a real necessidade de mudança

No último dia 7 de agosto, o presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, em nome do Poder Judiciário, fez um pedido de desculpas à ativista Maria da Penha pela demora e por falhas da justiça brasileira na análise do seu caso de violência doméstica.

Autor: Mayra Vieira Dias


Prometer pouco e cumprir muito pode transformar o país

A proximidade das eleições municipais é um momento propício para uma reflexão necessária dos brasileiros.

Autor: Samuel Hanan


Grau de maturidade sociopolítica e democracia

Cada vez mais doutrinadores têm defendido a tese segundo a qual a democracia e o chamado regime democrático constituem-se muito mais acertadamente em uma “resultante estrutural dialética”.

Autor: Reis Friede


Com Açúcar e com Penélope

Vira e mexe eu acabo implicando com uma feminista ou com alguns feminismos.

Autor: Marco Antonio Spinelli


É hora de o Brasil semear novas lideranças políticas

A recente polêmica sobre as condições físicas e mentais do presidente norte-americano Joe Biden, de 81 anos, para encarar um novo mandato, serve também para uma reflexão sobre a situação política no Brasil.

Autor: Samuel Hanan


A falsa inclusão e seus efeitos injustos na sociedade

A inclusão é uma das pedras angulares de uma sociedade justa e equitativa. Ela visa a valorização da individualidade de cada pessoa, reconhecendo tanto suas forças quanto suas limitações.

Autor: André Naves


Os próximos passos da Reforma Tributária

A promulgação da Reforma Tributária no final de 2023 marcou um momento importante para o Brasil.

Autor: Gino Paulucci Jr.


Machado de Assis antecipou o narcisismo dos nossos tempos?

Quem não quer ser célebre?

Autor: Adelmo Marcos Rossi


Um país de desacertos, ilusões e sofrimento

Passados mais de cinco anos do ápice da Operação Lava Jato, que desvendou o maior esquema de corrupção já registrado no Brasil, o país vive a fase final de revisionismo dos processos judiciais resultantes da extensa investigação.

Autor: Samuel Hanan


Maratona

Eu gostaria de ter escrito este artigo no dia 25 de julho. Como diz o ditado, “sempre que Deus vê nossos planos, Ele ri”. Também, pudera, os planos são Dele!

Autor: André Naves


Super especialista

De vez em quando me pego analisando as recordações da minha infância, da minha juventude e tentando perceber a quantidade de mudanças pelas quais todos passamos.

Autor: Antônio Marcos Ferreira