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Dilma, promessas e solidão

Dilma, promessas e solidão

30/01/2015 Dirceu Cardoso Gonçalves

Na linguagem popular, o Brasil vive um momento “do jeito que o diabo gosta”.

Reivindicantes saem às ruas, acompanhados de desordeiros, a exigir transporte gratuito. Sindicalistas fazem passeatas e ameaçam greve geral se o governo não voltar atrás nas mudanças que, nos primeiros dias do novo mandato, introduziu no seguro-desemprego, pensão por morte e outros direitos trabalhistas.

O Ministério Público e a Justiça, a cada dia, descobrem novas e imensas falcatruas que lançam na lata do lixo a reputação, a estabilidade e a competitividade da Petrobras, até recentemente um orgulho nacional e uma das principais empresas petrolíferas do mundo, construida com o dinheiro do povo.

Infelizmente, sob pretexto de redemocratização, os maus políticos, os interesseiros e até os loucos, desmontaram o Estado e a sociedade. Não tiveram a paciência de criar o novo para substituir o velho. Optaram por colocar tudo no chão e deu no que deu. Grupos radicais arrepiam as leis e periclitam o direito sob o pretexto de obter reforma agrária, habitação, transporte e outros supostos direitos.

Em vez de buscar a mudança por vias legais, o fazem pela desobediência civil e – o pior – encontram no seio do próprio governo quem os defende, até porque, no passado, quando na oposição, para assumir o poder, também utilizaram táticas não ortodoxas.

Vivemos a democracia onde os valores sociais e humanos são apenas objetos de retóricas e as ditas minorias foram levadas a clamar por direitos sem se preocupar com deveres. No Brasil de hoje, a montagem do poder nada mais é do que um insólito balcão de negócios onde, sem qualquer escrúpulo, milhares de cargos são oferecidos, aos aloprados em troca de apoio político e legislativo.

Indivíduos sem qualquer identidade ou qualificação para os setores onde vão atuar e até decidir. Ao final de quatro anos de política econômica temerária – que trouxe de volta a inflação e comprometeu a atividade produtiva – a presidente Dilma Rousseff rendeu-se ao canto fácil do marketing político e, apesar de tudo, conseguiu ganhar a eleição, mesmo que de forma apertada. Uma de suas primeiras medidas do novo mandato foi reduzir os direitos dos trabalhadores que, em campanha, prometeu manter inalterados.

Dilma não pode se esquecer daquilo que prometeu em campanha. Promessa é divida e, se não pudesse cumprir, não deveria ter prometido. O que disse aos eleitores pode ter sido o diferencial que lhe deu a reeleição. O povo confiou, e a responsabilidade de cumprir é sua, mesmo com toda razão lógica que possam ter os ministros da área econômica.

Eles podem defender arrocho, fome e todo tipo de maldade, pois não pediram votos e nem prometeram nada a ninguém. Quanto maior é o cargo, mais solitário torna-se o seu ocupante. A presidente vive hoje um dos momentos mais críticos de sua vida. Oxalá encontre equilíbrio, discernimento e a necessária humildade para atravessá-lo...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

 



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