Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Sorte ou educação: qual resolve crise?

Sorte ou educação: qual resolve crise?

21/03/2015 Silvio Bianchi

Os noticiários, jornais e revistas não param de mencionar esta palavra: crise.

E ela atinge inúmeros setores do país: política, gestão de empresas públicas, dentre outros, assim como os recursos hídricos, energéticos e, também, os financeiros.

Procurei algum elemento em comum para todas essas crises e, na minha opinião, se gasta (consome) além do que se gera. Se consome mais credibilidade do que se gera. É assim com a maioria dos recursos disponíveis: dinheiro, água, energia e demais recursos naturais. Ao consumir mais do que se gera, o resultado é inevitável: escassez, falta do recurso “x”, crise. E parece que não existem responsáveis por isto. Parece que os recursos que tínhamos à disposição sumiram, desapareceram sem razão nenhuma.

Só no momento de nos deparar com a falta de algum recurso é que começamos a procurar responsáveis (é muito importante achar um culpado) e a torcer por soluções mágicas, tais como a “dança da chuva” para resolver a seca. Ambas as situações têm algo em comum, o problema foi gerado por outros (os culpados) e alguém terá que resolver (eu sou vítima da situação). Aguardar por essas “soluções mágicas” parece ser o mais natural, pois “Deus é Brasileiro” e “Eu Mereço”.

Para todos os casos, a solução mágica é uma espécie de “tsunami de recursos” que nos permitirá continuar fazendo as coisas do mesmo jeito. Assim, a festa continua! Porém, estas soluções não são sustentáveis, pois estão sempre fora do nosso controle. Imaginem, por exemplo, uma pessoa que gasta mais dinheiro do que ganha. Todo esse dinheiro que gasta a mais precisa vir de algum lugar, que tem um nome: crédito (endividamento). Esse endividamento continuado leva à inadimplência, ao esgotamento do recurso dinheiro.

Pensemos no que está acontecendo nesses momentos no Estado de São Paulo, com o recurso da água. O consumo supera a entrada de água nos reservatórios e, portanto, eles estão secando. E nem que funcione a dança da chuva, essa espécie de "Mega-Sena/Lotomania natural” ou qualquer outro jogo de azar “natural”, se poderá resolver a situação a curto prazo. Comportamentos e hábitos diferentes serão a solução de médio e longo prazo. No curto prazo, reduzir o consumo ao mínimo possível será a única forma de reverter o problema e fazer com que a quantidade de água que entra nos reservatórios seja maior do que a que se consome.

A educação financeira, que trabalha de maneira comportamental, é uma grande ferramenta para ajudar a criar esses novos hábitos. Baseando-se em objetivos específicos de curto, médio e longo prazo, a pessoa fará o exercício de identificar quanto ganha líquido e em que está gastando, para pôr as “mãos na massa” e fazer seu orçamento que privilegie seus objetivos (sonhos) e poupar, gastar menos em todos aqueles itens que for possível, para poder alcançar esses sonhos.

Esta “receita comportamental” funciona para gerir qualquer recurso, seja credibilidade, os recursos de uma empresa, recursos pessoais ou recursos naturais. Nós somos os únicos responsáveis por administrar nossos recursos, assim como de administrar aqueles recursos que dividimos com outras pessoas. As crises nos ajudam a parar para repensar nossos hábitos, mudar aqueles que não estão nos ajudando a alcançar nossos objetivos e seguir em frente.

*Silvio Bianchi é Master Coach, Coach Financeiro, Pós Graduado em Educação Financeira e Educador Financeiro DSOP.



Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso


Filosofia na calçada

As cidades do interior de Minas, e penso que de outros estados também, nos proporcionam oportunidades de conviver com as pessoas em muitas situações comuns que, no entanto, revelam suas características e personalidades.

Autor: Antônio Marcos Ferreira