Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Aumento de salário de funcionários públicos nesse momento? Sério?

Aumento de salário de funcionários públicos nesse momento? Sério?

16/08/2015 Bernardo Santoro

O fato de reivindicarem esse salário não pode significar automática aquiescência por parte do Congresso.

É com certa incredulidade que leio a notícia de que foi aprovado, em primeira instância, projeto de emenda constitucional que vincula o aumento de uma série de categorias do funcionalismo público, principalmente membros da Advocacia-Geral da União, ao maior salário pago no funcionalismo público nacional, que é o de Ministro do STF.
Essas categorias receberão entre 80% e 90% do valor do subsídio citado.

No momento em que as contas públicas estão indo pro buraco, com déficit primário em 2014 e primeiro semestre de 2015, lentidão na aprovação de ajustes fiscais e recusa do governo em cortar gastos de indicações políticas, a aprovação de uma proposta que trará impacto de quase 3 bilhões de reais por ano soa como um xingamento para toda a sociedade brasileira.

Entendo completamente a luta dessas classes por melhores salários. Alguns de meus melhores amigos são membros da AGU e sei do trabalho de ponta que fazem.

Mas o fato de reivindicarem esse salário não pode significar automática aquiescência por parte do Congresso. O Brasil está falido, para ser mais direto.

Os próprios deputados, esquizofrênicos, sabem do erro dessa aprovação, e envergonhados, se auto-criticam, mas não lutam contra o altamente organizado funcionalismo público federal.

Dizem que seus atos são irresponsáveis, mas os praticam assim mesmo. Essa frase foi falada pela líder do PCdoB e pelo líder do DEM na Câmara, em um raro momento de concordância de ambos, tanto na fala, quanto na prática antagônica.

No mês passado, as agências de investimento de todo o mundo mantiveram o Brasil com rating de grau de investimento, mas com tendência de retirada.

Vendo o atual estado de coisas da administração pública, com intensa guerra política, onde nenhum lado da a mínima realmente para as contas públicas, o fim do grau de investimento é inevitável, e a partir daí, o custo para o rolamento da dívida, que hoje já é grande, passará a ser gigantesco, com total comprometimento dos recursos para investimento.

Estamos em um processo de autoflagelação que não tem fim. Como diria o ditado, “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Certamente que a casta política e o funcionalismo público serão os primeiros a pegar o pirão, até o momento em que não tiver mais nenhuma comida… para ninguém.

* Bernardo Santoro é Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ).



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves