Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A crise e as pessoas

A crise e as pessoas

01/02/2016 Anderson Coutinho

Imagine que sua empresa seja um barco e o mercado seja o oceano.

Para navegar, você precisa, antes de qualquer coisa, de profundidade. Águas rasas encalham o barco.

Estar em um negócio onde você não tem profundidade - de conhecimento, expertise e dinamismo – te coloca diante de um potencial encalhamento.

Mas, se sua empresa tem a profundidade necessária para navegar no oceano do mercado, o próximo ponto de atenção é a sua embarcação.

Se as águas do mercado forem calmas e houver facilidade de navegação no segmento de atuação, qualquer barco dá conta do recado.

É o caso, por exemplo, de ter uma pequena empresa de construção civil, com estrutura básica, naquele momento que precedeu o boom imobiliário.

O oceano era calmo, as águas fartas de peixes e até as pequenas embarcações conseguiam navegar com prosperidade.

À medida que o oceano se torna mais turbulento, exige mais da embarcação ou da estrutura da empresa.

Já que ter uma embarcação forte, resistente e bem estruturada significa maior capacidade de suportar tanto a calmaria de águas pacíficas quanto a turbulência de águas agitadas.

Depois da profundidade (de conhecimento) e da embarcação (estrutura da empresa) o maior desafio é talvez a mais determinante variável diante de uma crise: a tripulação, ou seja, as pessoas.

Podemos dizer que a crise é como uma tempestade, que chega tornando águas calmas ou agitadas em águas violentas.

Quando essa tempestade vem, o crucial é a habilidade da tripulação em conduzir a embarcação.

É essa destreza que faz a diferença, pois, é a soma das experiências e do conhecimento de um grupo de pessoas que, obrigatoriamente, deve ser capaz de transformar a turbulência em oportunidade, de provar suas aptidões, inclusive ao próprio capitão da nau.

Mas é preciso tomar cuidado quando falamos em habilidade. Não adianta achar que se tem, pois, a tempestade da crise não dá margem para achismos ou amadorismos.

É preciso ter habilidade de fato, de forma sólida e coerente. A premissa básica ou o alicerce fundamental para quem deseja passar pela crise e suportá-la até o fim da tempestade é extremamente simples, embora grandemente complexa: as pessoas.

Você pode até tolerar uma tripulação mediana em águas calmas e em barcos bem estruturados, mas, diante do maremoto de uma crise, nada substitui o talento.

Nossa melhor chance de superar uma crise está na composição de uma equipe formada por pessoas habilidosas, talentosas, alocadas adequadamente naquilo que sabem fazer de melhor, seguidoras de uma estratégia igualmente desenvolvida por outras pessoas astutas, guiadas por um líder necessariamente inteligente.

Naturalmente, uma tripulação extremamente hábil em uma embarcação deficiente ou em um oceano raso, dificilmente fará milagres. Daí, concluímos que os fatores se completam e, juntos, determinam se a passagem pela crise será ou não bem sucedida.

Como todos nós estamos atualmente em um oceano extremamente violento, supondo que nossas empresas estejam na condição de embarcações capazes de suportar a violência da tempestade, a tripulação é colocada à prova, intimada a demonstrar que suas habilidades podem fazer a diferença.

Um time qualificado – do capitão ao auxiliar – pode sim passar por uma tempestade, conduzindo a nau com mestria até o fim da tribulação.

Com uma ação cooperada, bem divulgada, compreendida e processada pelo time, monitorada por líderes e acompanhada constantemente pelo topo da pirâmide, as chances de passar pela crise de forma saudável são maiores.

E sua empresa pode transformar-se em um case de inovação, fortalecimento e superação, com técnica e habilidade à prova de maremotos.

* Anderson Coutinho é consultor de planejamento estratégico da CH&TCR.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves