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O bom do futebol

O bom do futebol

11/04/2016 Henrique Ulhoa

A magia que envolve o futebol e o ato de ir a campo se divertir

Durante toda a semana o assunto era um só na cidade. Carros de som percorriam ruas e becos anunciando o grande jogo. Inserções nas rádios e na TV local convocavam a população. Torcedores e amantes do futebol não escondiam a ansiedade e a expectativa de um bom resultado do time da casa.

No dia do jogo, a resenha começou logo cedo. Na lanchonete dos ‘boleiros’ da cidade, as prosas se alternavam entre qual seria o placar do jogo, se o estádio ia ficar cheio e, se o juiz ia roubar muito ou pouco.

Com um sol daqueles de rachar mamona, o povo começou a chegar ao estádio no meio da tarde de sábado. Dia bom para pegar uma cachoeira e ficar debaixo de uma árvore qualquer. Mas, no entanto, a causa era nobre. Apoiar o time da cidade virou quase obrigação.

Disposto a fazer história, o Paracatu Futebol Clube, representante mineiro no Candangão 2016, o Campeonato Brasiliense da 1ª divisão, estava prestes a disputar o primeiro jogo das quarta-de-finais do torneio. Pela frente o Brasiliense.

O foguetório de dez minutos anunciava que a tarde seria quente. Quente pra caralho! Um copão de cerveja tomado desesperadamente ajudava a refrescar, no entanto, torrar a cara com o forte sol do noroeste mineiro fazia parte do pacote.

O acesso foi tranquilo, sem problemas para estacionar e risco zero de aparecer um flanelinha folgado. Vendedores facilitavam a compra dos ingressos ali mesmo entre os carros e a rua. Entrada com baculejo, e aos poucos o Estádio Frei Norberto, o campo do União, foi se enchendo. Camisas de muitos clubes estampavam a paixão de cada um, mas o uniforme branco do ‘Águia do Noroeste’ era o favorito entre os torcedores. No alto da arquibancada um tarol e um surdo, tocados freneticamente, ditavam o ritmo da peleja.

Em campo, jogo equilibrado, com bola rolada no chão e boas chances para cada lado. Formados por jogadores jovens e de razoável qualidade, os times contam com figuras rodadas, como o zagueiro André Luiz e o lateral-direito Luizinho. O Brasiliense abriu o placar no finalzinho do 1º tempo. No 2º, o Paracatu jogou melhor, pressionou muito e acabou empatando o jogo para o delírio do estádio. “Uh! Uh! Paracatu!” “Uh! Uh! Paracatu!” O time da casa ainda teve um gol anulado. Fim de jogo e os sonoros aplausos à equipe e satíricos insultos ao trio de arbitragem.

Que tarde! Ai sim. Um jogo de futebol de verdade, na sua essência, como nas antigas. Nada de regrinhas e imposições dos novos estádios, ‘convertidos’ em arenas. Nada de fanatismo ou confusão. Jogo jogado, torcida vibrante, cerveja gelada, sol na cara, batuque empolgante e claro, gols.

Nos últimos anos, a magia que envolve o futebol e o ato de ir a campo se divertir, vem perdendo a graça. Acompanhar os grandes clubes atualmente tem sido muito custoso. Claro que o futebol profissional de alto nível necessitava e necessita de mudanças, no entanto, o esporte patrimônio nacional, vem se distanciando muito de suas origens, tanto dentro quanto fora de campo.

Voltar ao interior, após duas décadas na capital, vivendo intensamente o Mineirão em suas várias fases, fez com que o programa de sábado, no pequeno estádio da cidade, numa partida importante, mas sem holofotes e estrelas, resgatasse a alegria de acompanhar o bom e velho jogo de futebol. Apenas o bom do futebol.



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