Portal O Debate
Grupo WhatsApp

É impossível acabar com as lesões no futebol?

É impossível acabar com as lesões no futebol?

19/04/2016 Dr. Lúcio Ernlund

Estudos revelam um modelo interessante de fatores potenciais que podem causar (ou prevenir) esses traumas.

É impossível acabar com as lesões no futebol?

Mesmo com as novas tecnologias da área da medicina esportiva, o número de jogadores de futebol lesionados numa única temporada tem crescido ano a ano.

E a pergunta que faço é: Por quê? Complicações musculares e torções no joelho são os traumas que mais acometem esses atletas e com uma incidência alarmante.

Os esportistas também estão suscetíveis a outra lesões, como entorse de tornozelo, distensões na coxa, virilha e região lombar, além de fraturas, contusões e luxações - que ocorrem em sua maioria durante as partidas.

A primeira constatação é que, em boa parte desses casos, os problemas são causados por métodos inadequados de treinamento. A segunda é que o número absurdo de jogos contribui para esse quadro.

E a terceira é que a solução é simples, porém pouca gente trabalha para implementá-la. Prevenir lesões é o papel de um médico do esporte, até porque esse procedimento tem um custo bem menor que o de uma cirurgia ou um tratamento pós-lesão.

O primeiro passo é adotar um protocolo sistemático de exames, a chamada avaliação de Pré-participação Esportiva (APP), momento que permite ao médico conhecer o atleta e os seus fatores de predisposição.

Porém, há muitos campeonatos (estaduais, Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores da América) com uma quantidade de jogos assustadora: um atleta pode passar das 70 partidas numa temporada.

Isso gera um estresse muscular alto e acaba dificultando a adoção de um programa de exames e treinos preventivos, essenciais para diminuir a incidência de lesões. Outro ponto a ser destacado é que a maioria dos times troca, no mínimo, 30% de seus jogadores de uma temporada para a outra.

E, raramente, os novos atletas passaram por programas de prevenção de lesão, o que pode ocasionar um atraso de sua progressão e aumento do risco. Como se não bastasse, as viagens são longas e o tempo de descanso curto.

Um time da Série A do Brasileirão, por exemplo, percorre, em média, mais de 60 mil quilômetros (aéreos ou terrestres) ao ano e os atletas dormem pelo menos 150 dias fora de casa.

O problema é tão grave que o nível geral de lesões em jogadores profissionais de futebol tem se mostrado mil vezes maior ao que acomete profissionais do setor industrial, normalmente considerado de alto risco.

A natureza multifatorial das lesões esportivas torna difícil que a prevenção tenha 100% de sucesso. Mas estudos revelam um modelo interessante de fatores potenciais que podem causar (ou prevenir) esses traumas.

Existe uma quantidade enorme de programas de exercícios para a prevenção, sendo que vários autores estabelecem uma forte relação entre o uso frequente de programas padrões de aquecimento e a redução de até 50% nas lesões.

Apesar de todos os dados publicados sobre a eficácia de protocolos de prevenção, os médicos precisam lutar para convencer gestores das equipes de futebol, treinadores e atletas que esses exercícios são tão importantes quanto o treino em si.

Para isso, é importante mostrar não somente o ponto de vista do médico, mas também a visão econômica. Os custos reais envolvidos de um atleta com um Departamento Médico (salários, ações judiciais, tempo fora dos gramados) são extremamente altos.

Se fosse adotado um Programa Efetivo de Prevenção, composto por exercícios específicos, com variação e progressão, programa único de aquecimento, força, balanço e pilometria, por exemplo, os danos aos atletas seriam bem menores.

Pode até ser que, com essa prática, aliada à diminuição do número de partidas e um calendário mais adequado, não consigamos acabar com as lesões. Mas, com certeza, diminuiremos de forma relevante o número de atletas lesionados nos clubes de futebol brasileiros. E aí, quando começamos a mudar essa triste realidade?

* Dr. Lúcio Ernlund é ortopedista especialista em Medicina Esportiva (joelho e ombro).



Vida longa: estudo mostra segredo da longevidade no sangue de centenários

Identificar biomarcadores da longevidade é apenas o primeiro passo, é preciso, também, descobrir fatores que os influenciam.

Autor: Divulgação

Vida longa: estudo mostra segredo da longevidade no sangue de centenários

Sedentarismo: 5 dicas para ser mais ativo mesmo com uma rotina corrida

É preciso incluir as atividades físicas de uma forma natural no seu dia a dia para fugir do sedentarismo.

Autor: Divulgação

Sedentarismo: 5 dicas para ser mais ativo mesmo com uma rotina corrida

Solteiros têm mais chances de morrer do que casados

De acordo com o especialista em relacionamentos, Caio Bittencourt, estar em uma relação pode ajudar na manutenção da saúde de modo geral.

Autor: Divulgação

Solteiros têm mais chances de morrer do que casados

Varizes estouradas? E agora, o que fazer?

As veias das pernas têm a função de levar o sangue ao coração após irrigarem os membros inferiores.

Autor: Divulgação

Varizes estouradas? E agora, o que fazer?

Saiba quais são as alergias e doenças respiratórias mais comuns no inverno

A incidência de doenças respiratórias aumenta no inverno devido às baixas temperaturas, ambientes úmidos e poluição.

Autor: Divulgação

Saiba quais são as alergias e doenças respiratórias mais comuns no inverno

Por que o frio é um dos vilões para o cabelo?

A queda de cabelo costuma ser o terror de muita gente. E a chegada do frio torna esse pesadelo ainda mais intenso.

Autor: ‌Melina Oliveira

Por que o frio é um dos vilões para o cabelo?

A era da saúde digital chegou: seus conflitos éticos também

A chamada era digital já transformou toda a área da saúde. Saúde Digital

Autor: Thiago Rocha da Cunha 

A era da saúde digital chegou: seus conflitos éticos também

Queimadas, poluição e tempo seco: como fica a saúde respiratória e ocular?

Cerca de 25% apresentam a síndrome do olho seco nesta época do ano.

Autor: Divulgação

Queimadas, poluição e tempo seco: como fica a saúde respiratória e ocular?

Veranico com calor e poluição é risco para quem faz atividades ao ar livre

Professor de Medicina do Esporte dá dicas de como evitar problemas causados por essa combinação.

Autor: Divulgação

Veranico com calor e poluição é risco para quem faz atividades ao ar livre

O que comer para evitar resfriados e fortalecer o sistema imunológico?

Com a chegada do inverno no próximo dia 21, as temperaturas caem, a umidade aumenta e os vírus e bactérias se propagam com mais facilidade.

Autor: Divulgação

O que comer para evitar resfriados e fortalecer o sistema imunológico?

O tempo seco e as alergias

Com uma nova onda de calor chegando aliada ao tempo seco, comum nesta época do ano, as alergias respiratórias ganham força.

Autor: Divulgação

O tempo seco e as alergias

Nutrição e atividade física: saúde do corpo e da mente

A nutrição adequada fornece ao corpo os nutrientes necessários para funcionar corretamente.

Autor: Divulgação

Nutrição e atividade física: saúde do corpo e da mente