Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Prioridades – Segurança nos presídios ou da sociedade?

Prioridades – Segurança nos presídios ou da sociedade?

26/01/2017 Bady Curi Neto

A verdade é que morre um número infinitamente maior de vítimas da criminalidade do que presos em rebeliões.

Temos assistido nos últimos dias uma série de rebeliões em presídios, motivadas principalmente, por guerra de facções rivais pela disputa de poder, no bom vernáculo, por bandidos organizados na disputa por atuações criminosas de dentro e fora dos cárceres, notadamente pelo controle do tráfico de entorpecentes.

Nestes motins, colocam-se fogo em colchões, destroem-se o presídio (patrimônio público), fazem-se reféns e morrem criminosos, com requinte de crueldade, como o ocorrido em Manaus, onde presos atearam fogo em corpos e decapitaram seus rivais.

O vulto da barbaria chama a atenção da mídia, do Governo e dos Direitos Humanos, por óbvio, assustados com as cenas de terror presenciadas. Escandalizados pela monstruosidade ocorrida surgem medidas de última hora, como indenizar a família dos mortos, o Ministério Público investigando as condições do presídio, chegando ao cúmulo de representantes dos Direitos Humanos dizerem que, se o Estado não tem condições de manter a segurança dos criminosos deve soltá-los.

Deixo assinalado que entendo que o condenado deve cumprir a sua pena de forma digna e humanitária, para que possa ser ressocializado, o que leva a investimentos por parte do Estado, assim como a obrigatoriedade de trabalho durante o cumprimento da pena para que o reeducando possa apreender um ofício.

O que entendo como inconcebível é indenizar famílias de condenados que se mataram por disputa de tráfico de entorpecentes, enquanto as vítimas da sociedade, cidadãos de bem e obreiros ficam reféns da criminalidade que assola o país.

É não obrigar o condenado a trabalhar para pagar as suas despesas, inclusive alimentação e aprender um ofício, com as escusas que isto se assemelharia ao trabalho escravo, enquanto a maioria da população de baixa renda tem que trabalhar para seu sustento e de sua família.

É existir auxílio-reclusão para aqueles que vão gerar despesas enquanto estiver encarcerado. É dizer da soltura de criminosos, devido o Estado não ter condição de mantê-los em segurança, quando o Estado não promove a segurança de trabalhadores, vítimas destes criminosos.

Apenas para ter-se uma ideia, segundo o último levantamento morrem no Brasil 170 pessoas assassinadas por dia, fruto da violência. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública afirmou, comparativamente, que morre mais gente assassinada no Brasil do que em países que estão em guerra, a exemplo da Síria.

Frise-se que estamos falando apenas em homicídio, sem quantificar assaltos, roubos, estupros e outras formas de violência. A verdade é que morre um número infinitamente maior de vítimas da criminalidade do que presos em rebeliões provocadas por eles mesmos por disputa de poder e a mantença do crime do tráfico de drogas.

Os argumentos falaciosos de que são estes criminosos frutos da falta de oportunidade, de educação e escolaridade não se sustentam, pois, a maioria da população brasileira é de trabalhadores de baixa renda que não se transformaram em bandidos em razão dos parcos recursos financeiros ou oportunidades.

E se considerarmos o argumento como verdade absoluta, vamos priorizar escolas, saúde e educação, certo de que no Brasil há atualmente 600.000 (seiscentos mil presos) e mais de duzentos milhões de habitantes, para então pensar em presídios.

* Bady Curi Neto é advogado, ex-juiz do TRE-MG, fundador do escritório Bady Curi Advocacia Empresarial.



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso