Melhor momento para diversificar os investimentos
Melhor momento para diversificar os investimentos
Você já ouviu dizer que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta, mas ao invés disso, diversificar?
Falar é fácil, não é mesmo? Mas muita gente me pergunta como, onde e, principalmente, qual o melhor momento para diversificar os investimentos.
Minha resposta é que depende de muitas variáveis, como por exemplo, perfil da investidora, o objetivo, o risco e o prazo do investimento. Diversificar os investimentos é importante para reduzir os riscos, mas não necessariamente ter maior rentabilidade.
Diversificação de investimentos para investidores agressivos
Quando se aplica em investimentos moderados e agressivos, como por exemplo títulos IPCA+ de longo prazo, fundos multimercados agressivos, fundos de ações e ações, é muito importante diversificar para diminuir o risco.
Embora, dessa maneira, você esteja investindo tanto nas opções que terão melhores rentabilidades, como naquelas com menor rentabilidade. Isso tudo porque ninguém sabe antecipadamente qual aplicação vai trazer maior retorno, as tendências do mercado, a economia e outros fatores que podem mudar ao longo do tempo.
Definir objetivos para diversificar investimentos
Antes de decidir por diversificar, é fundamental conhecer bem seus objetivos em relação ao dinheiro, como por exemplo: é para uma viagem no final do ano, comprar um carro daqui a três anos, comprar um imóvel daqui a dez anos ou para a independência financeira e aposentadoria daqui a trinta anos?
Definir esses objetivos vai fazer toda a diferença na diversificação dos investimentos. Você pode, inclusive, ter um investimento para cada um desses objetivos e optar por variar a estratégia conforme o prazo de investimento. O que é uma estratégia interessante.
Como entender o perfil de investidor
Outra escolha importante é saber o seu perfil de investidora no sentido de compreender e aceitar a volatilidade dos investimentos. Já tive clientes que ficavam muito incomodados com qualquer volatilidade em suas aplicações e, mesmo com a consciência de que os investimentos eram de longo prazo, a qualquer variação me ligavam incomodados.
Esse perfil de investidor precisa ter aplicações mais conservadoras, pelo menos enquanto as taxas de juros altas permitem bom retorno neste tipo de aplicação. Por outro lado, já tive clientes que compreendiam e aceitavam bem a volatilidade e, com isso, tiveram bons retornos no longo prazo.
Simplificar ou diversificar os investimentos?
Recentemente atendi uma investidora quem possuía um objetivo muito claro: investir o dinheiro por um prazo de dois anos, sem mexer. Então, a decisão foi investir tudo em um único investimento conservador, mas com boa rentabilidade.
Neste caso, um dos objetivos da investidora era simplicidade e segurança. Portanto, uma vez que o recurso seria investido em uma instituição sólida, em um investimento conservador e que o próprio fundo já possuía uma gestão ativa em diversificar estratégias e títulos escolhidos por um bom gestor, ela escolheu a simplicidade de investir todo o recurso apenas em um fundo de investimento.
Um exemplo de diversificação de investimento foi de uma outra investidora que tinha 80% dos investimentos em títulos do Tesouro Direto, mas com a perspectiva da queda da taxa de juros e uma nova entrada de recursos, ela escolheu por fazer os novos investimentos em fundos multimercados moderados e agressivos e assim diversificar o portfolio diante de um novo cenário econômico.
Então, a diversificação depende principalmente do prazo do investimento, perfil da investidora e do objetivo do investimento. Os momentos de mudança de cenário econômico são momentos interessantes para diversificar, pois existe uma incerteza na direção do mercado econômico e a diversificação nesse momento ajuda a reduzir o risco.
É importante você estar confortável com a diversificação dos seus investimentos e dormir tranquila com essa decisão.
* Viviane Ferreira é consultora financeira e palestrante de finanças e superação.