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Economia ilusória

Economia ilusória

13/07/2017 Camila Marion

Tudo indica que em pouco tempo teremos uma economia rodando novamente.

Nos últimos dois anos, o número de desempregados tem aumentado bastante no Brasil, sendo mais de 14 milhões até o momento. No mesmo período, houve uma redução no número de contratações nas empresas, reflexo da economia, bem como nos salários oferecidos.

Diante desse contexto, podemos notar alguns padrões que geram preocupação. Muitos empregadores têm utilizado esse momento da economia a seu favor no momento da contratação, o que é certamente compreensível, mas oferecendo salários muito abaixo do que o profissional tinha anteriormente.

Os profissionais, em geral, têm aceitado as novas ofertas, pois precisam trabalhar para pagar suas contas e acabam por fazer uma adequação ao novo padrão de vida. Inicialmente há uma euforia e alívio pela contratação por parte do executivo, porém, com o passar dos meses, a diferença salarial começa a tornar-se relevante na vida do profissional, que se torna inquieto com a nova situação financeira.

A economia já dá sinais de melhora e muitas empresas estão voltando a contratar, ainda que em ritmo mais lento. Tudo indica que em pouco tempo teremos uma economia rodando novamente.

Muitas novas oportunidades surgirão e, portanto, aqueles profissionais que aceitaram patamares salariais bem menores do que os que tinham irão buscar nova colocação, algo que os ajudem a retomar seu padrão de vida anterior. Isso vai provocar um alto turn over em contratações de executivos com até dois anos de casa.

Como headhunter, procuro mediar as negociações entre o cliente e o candidato dos projetos que estou conduzindo, bem como alertar os empregadores com quem tenho relacionamento sobre esse fato. Trazer um profissional nessas condições é já começar uma relação de forma fragilizada. Convites aceitos por desespero ou falta de opção não geram grandes entusiasmos.

O alerta que gostaria de deixar aqui aos empregadores é que tenham cuidado no momento de fazer uma oferta a um executivo que não esteja trabalhando. Ofereça algo justo e compatível com a experiência que ele possa oferecer à empresa, fazendo com que ele se sinta valorizado.

Assim, ele certamente contribuirá com a empresa, alcançando grandes resultados, sentindo-se como parte do time e acolhido pela empresa em um momento tão frágil de sua vida. Vale uma reflexão sobre o real retorno da economia resultante de uma contratação com remuneração abaixo da praticada no mercado.

Ao enfrentar uma troca de profissionais em pouco tempo depois, novamente a empresa se vê investindo no entrosamento de um novo colaborador, novamente precisa apresentá-los aos seus pares, clientes e interfaces e aguardar sua imersão e familiaridade com a rotina da empresa para a geração de resultados.

* Camila Marion é sócia da EXEC é consultoria com escritório em Campinas.



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