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A automação do trabalho gera desemprego?

A automação do trabalho gera desemprego?

17/11/2017 Eduardo Banzato

Esta é uma questão sempre debatida em treinamentos de automação, produtividade, robótica, etc.

Para falar sobre "trabalho", vale destacar que a palavra tem origem latina ("tripalium" - "tri" - três e "palum" - madeira - antigo instrumento de tortura), ou seja, trabalhar tinha o significado de “ser torturado”.

Pouco a pouco o termo evoluiu, caracterizando as atividades cansativas e que demandam grande esforço físico. Hoje, o "trabalho" possui muitos significados, mas, essencialmente, retrata os esforços (físicos e/ou intelectuais) para se atingir resultados específicos.

Atualmente, em um mercado de oportunidades escassas, onde a disponibilidade de profissionais é maior que a oferta de trabalho, qual é o papel sugerido para aqueles que estão empregados? Como contribuir com sua prosperidade e, principalmente, com aqueles que estão em busca de uma oportunidade? Trabalhar com eficiência? Desenvolver competências?

Ficar atento e indicar vagas aos amigos? Recomendar profissionais? Promover relacionamentos nas redes sociais? Como o trabalho pode ser analisado sob diferentes perspectivas, é um tema que gera polêmica ao redor do mundo.

Se você é um trabalhador e descobre uma forma de alcançar o resultado sem a necessidade de seu trabalho (ex.: mudança do processo, automação etc.) o que acha que deverá acontecer com você? Somente um investidor ou gestores muito ruins demitiriam um profissional que tem a capacidade de gerar resultados sem a necessidade de seu próprio trabalho, concorda?

Aliás, se isso acontecer com você, conte esta história na sua próxima entrevista de emprego e garanto que você não demorará muito a se recolocar em alguma empresa mais inteligente e que te dará melhores oportunidades de prosperar.

As empresas (investidores) inteligentes, que valorizam esta competência, não fazem isso por uma questão de solidariedade, mas sim por que visualizam que você poderá ajudar a empresa a gerar mais resultado com menos esforço (trabalho). E sabe o que acontece com as empresas que adotam este tipo de atitude? Elas crescem e disponibilizam mais e mais TRABALHO.

Ignorância Sistêmica

Antes de falar sobre ignorância, vale destacar que a mesma se caracteriza apenas pelo “estado de quem não possui conhecimento, seja por falta de estudo, experiência ou prática”. Não é nenhuma ofensa! Eu mesmo sou ignorante em muitos assuntos.

Por isso, destaco que é uma ignorância muito grande dizer que determinadas empresas que automatizaram ou continuamente melhoram seus processos, só ampliaram o número de funcionários graças ao seu crescimento orgânico e que a automação e/ou a produtividade só geraram desemprego... eu chamo isso de ignorância sistêmica.

É a visão limitada da demissão local sem considerar a contratação global. Novamente, com muito respeito, se você ainda é um ignorante sistêmico na questão da competitividade, produtividade, automação etc., estude mais, tente ter a visão do todo (holística) e reflita a respeito de eliminar a necessidade de seu trabalho. Enfim, sucesso e vamos em frente!

* Eduardo Banzato é diretor do grupo IMAM, que há 37 anos atua na área editorial, de consultoria e treinamento em logística.



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