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Mais impostos, para quê?

Mais impostos, para quê?

11/05/2018 Celso Luiz Tracco

Porque é tão difícil reduzir despesas?

Um dos principais problemas estruturais do Brasil é o gigantismo da máquina pública, mantido pela arrecadação tributária. Porque é tão difícil reduzir despesas? Responder essa pergunta, é uma dificuldade, uma vez que não há controle.

Além disso os nossos parlamentares, deputados federais e senadores eleitos pelo povo, e constitucionalmente legisladores, são os que aprovam o orçamento da União. Nunca se vê redução de gastos. Deputado julgado, condenado e preso, continua recebendo seu gordo salário mesmo estando afastado de suas obrigações.

O número de assessores parlamentares ou cargos de confiança ninguém sabe quantos são e pior, ninguém sabe o que fazem nem para que servem. O custo do parlamento brasileiro é estimado em R$ 6.5 bilhões por ano, 4 vezes mais caro que o da França e quase 8 vezes mais caro que o da Argentina, para efeitos de comparação.

Há mordomias sem fim: auxílio paletó, auxilio para correio (em plena era da internet) auxílio para gasolina, garçons, engraxates, segurança, viagens em aviões da FAB, plano de saúde sem limites, a lista é extensa.

Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Devemos somar a essa fábula o custo do legislativo e do executivo de 26 estados e DF, de 5570 municípios, do judiciário, das autarquias e empresas estatais.

Existem 146 empresas estatais federais ativas, cujos diretores e gerentes são indicados pelos seus padrinhos políticos. Quantas mais existem nos estados e municípios? O desperdício com o dinheiro público é infindável e crescente.

O Brasil, entre trinta países pesquisados, é o que, todos os anos, mostra o pior resultado em relação aos benefícios para a população por imposto arrecadado. Não é apenas uma questão financeira, mas sobretudo humanitária.

O dinheiro não vai para quem precisa, principalmente para os mais de 50 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. Mas prepare-se: o rombo das contas públicas federais está estimado em torno de R$ 150 bi.

Nossos representantes certamente irão sugerir mais aumento de impostos, apesar de aprovarem isenções e anistias aos poderosos entes econômicos: grandes empresários, países "amigos" devedores, sistema financeiro e outros.

São "bondosos" com os poderosos mas severos com trabalha e vive de salário: a tabela de isenção do Imposto de Renda, está há anos defasada, deveria ser ajustada em, no mínimo, 90%. Nós, população, podemos mudar isso com o voto.

Vamos limpar o Congresso de uma só vez, não reelegendo quem está lá. Será que teremos maturidade e coragem na hora do voto?

* Celso Luiz Tracco é economista e autor do livro Às Margens do Ipiranga - a esperança em sobreviver numa sociedade desigual.

Fonte: ML&A Comunicações



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