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Competências socioemocionais na escola e no lar

Competências socioemocionais na escola e no lar

20/08/2018 Morgana Batistella

O aprendizado social e emocional da criança começa em casa e a família é parte fundamental.

Apesar de muitas escolas já aplicarem esse tipo de aprendizado, as chamadas competências socioemocionais estão cada vez mais evidenciadas no universo educacional. Aqui no Brasil, elas ganharam espaço após fazer parte das exigências da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Essas competências são formadas por um conjunto de habilidades que ajudam as crianças a ter melhores resultados escolares, assim como a lidar com as próprias emoções, além de desenvolver empatia e tomar decisões mais seguras e responsáveis, ações que impactam no bem-estar dentro e fora da escola, ao longo de toda a vida.

Com a determinação da BNCC, escolas públicas e particulares de todo o país deverão promover essa importante formação para seus alunos. Nesse processo, é importante destacar que o aprendizado social e emocional da criança começa em casa e a família é parte fundamental. Ela é o modelo inspirador das habilidades, atitudes e comportamentos que queremos que cada criança desenvolva.

E, é por meio de parceria entre esse ambiente familiar e a escola que a aprendizagem socioemocional das crianças e jovens acontece de forma plena e eficaz. Mas, de que tipo de aprendizagem tratam essas competências? Entre psicólogos, há um crescente reconhecimento de que a personalidade humana pode ser analisada a partir de cinco dimensões: abertura para experiências, consciência, amabilidade, extroversão e estabilidade emocional –a teoria do Big Five.

Tais dimensões influenciam diretamente no aprendizado e o mais interessante é a possibilidade dessas competências serem ensinadas, aprendidas e praticadas. Para entender melhor essa influência, é preciso aprofundar um pouco mais sobre cada uma das dimensões. A abertura a novas experiências promove nas crianças e jovens a vontade de buscar os sentidos estéticos, culturais e intelectuais, uma vez que são imaginativos, artísticos e curiosos.

As crianças e jovens com menos tendência de abertura ao novo são mais propensas a cometer atos de bullying na escola. A consciência ajuda as crianças a se organizarem e se responsabilizarem pelas próprias tarefas e atividades, desenvolvendo a autonomia, disciplina e orientação para os objetivos. Trata-se de uma dimensão que representa o fator de proteção contra o envolvimento de crianças e jovens em atos de criminalidade.

A extroversão, por sua vez, desenvolve a interação das crianças e jovens com as pessoas e o mundo externo. Pessoas com altos níveis de extroversão são amigáveis, sociáveis e entusiasmadas. A extroversão influi no tempo que os estudantes passam na escola e quanto mais desenvolvida, maior é a capacidade de fazer amizades.

A amabilidade, quarta dimensão, ensina as crianças a agir de modo cooperativo e empático, a ser tolerante e apreciar as diferenças entre as pessoas. Altos níveis de amabilidade protegem as crianças de bullying e de comportamentos violentos.

Por fim, a estabilidade emocional é a capacidade de lidar com as próprias emoções de maneira consistente, sem mudanças bruscas de humor. Crianças com estabilidade emocional possuem maior autoconfiança, resiliência e autocontrole.

O mundo mudou e famílias e escolas têm percebido que já não basta mais passar conhecimento sem também preparar a criança e jovem emocionalmente para a vida. A inclusão das competências socioemocionais na BNCC fortalece esse pensamento.

Cabe agora às escolas a aplicação desse tipo de formação de forma efetiva. Bem trabalhadas, essas competências podem transformar não apenas a sala de aula, como também a família e o futuro de cada criança.

* Morgana Batistella é gerente do programa O Líder em Mim, da Somos Educação, certificado pelo Casel para formação e desenvolvimento das competências socioemocionais no ambiente escolar.

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada



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