Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A arte de criar laços e de bem comunicar

A arte de criar laços e de bem comunicar

03/09/2018 Emerson Gomes

O quanto a sua comunicação realmente é relevante?

A arte de criar laços e de bem comunicar

O despertador toca, começa mais um dia e, você, muito provavelmente, deve ter como hábito a busca instintiva de se conectar com o mundo e descobrir, na primeira hora ativa de seu dia, o que os amigos estão fazendo ou fizeram, o que anda rolando em sua cidade, estado, país, mundo, enfim, você aperta o F5 existencial com a ambição e necessidade de estar ciente de tudo, ou quase tudo.

Simultaneamente, começa também a receber comunicações comerciais das marcas que você segue ou que seguem você. O grande ponto a ser observado nisso é que se as informações estão aí por toda parte, se buscamos tanto conteúdo, se recebemos tantas outras mensagens até sem desejar, como fazer que a sua mensagem, publicitária ou não, se sobressaia e tenha alguma importância, a ponto de ser efetivada e concluída com sucesso. E isso vai além das métricas e evidências de audiência, visualizações, cliques e impressões.

O que questiono é: o quanto a sua comunicação realmente é relevante? Comunicar bem é uma arte, porque mais que compartilhar uma ideia e tornar comum o que se deseja emitir, exige o entendimento, compreensão e retorno da mesma forma daquilo que se pretendia.

E não é fácil esse feedback, pois isso exige, em primeiro momento, saber escolher códigos que realmente são condizentes, entendíveis e estimulem a compreensão do outro lado. E como é difícil pensar como o outro, se colocar no lugar dele e entender o seu mundo.

Mais que isso, que belo desafio é criar uma mensagem que seduza e possa, efetivamente, criar laços entre as partes, ou seja, que se faça cativar. Voltando no tempo, Antoine de Saint-Exupéry, em sua clássica obra “O Pequeno Príncipe”, falava sobre a importância de cativar. Separo um pequeno trecho.

“Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita. Vem brincar comigo. Estou tão triste…Sou uma raposa, disse a raposa. Eu não posso brincar contigo. Não me cativaram ainda.

Ah! Desculpa, disse o principezinho. Mas o que quer dizer “cativar”?

É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços…”

Criar laços?

Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. ”

É exatamente isso, entende? O que precisamos compreender para comunicar bem é que existem cem mil outras opções de mensagens disponíveis, tantas outras empresas parecidas competindo pela atenção de quem desejamos e enquanto não formos relevantes a ponto de cativar, esse receptor do qual damos o nome de Target não terá necessidade daquilo que temos e de quem somos.

Mas, se fizermos bem feito, se escolhermos bem o tempo e o canal certo, as palavras corretas, na argumentação e design adequados, aí sim conseguimos o grande objetivo de cativar.

Fechando, portanto, fundamental é criar laços, conhecer o outro, ser importante para ele com aquilo que comunica, compartilha e oferece. E o mais fascinante desse universo da comunicação é que não há receita de bolo e nem fórmula mágica. Pois o receptor muda. A necessidade muda. As condições e cenários se transformam e, do lado de cá, você como emissor tem que estar atento para essa adaptação. Tudo muito dinâmico. Diário. Em tempo real.

E o maior desafio não é acertar e seduzir uma vez, pois isso até muitos conseguem. O desafio é justamente ser constante e manter unidos os laços, pois como na própria história de Saint-Exupéry, a raposa afirmava: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

* Emerson Gomes é Coordenador da Anhanguera Jundiaí e Diretor da Associação dos Profissionais de Propaganda - APP Campinas.

Fonte: MF Comunicação



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves