Por meio do voto, os eleitores podem escolher os candidatos que melhor os representam nos poderes legislativo e executivo.

O atentado contra o candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não é apenas uma violência contra um ser humano, que por si só já é abominável, mas uma violência contra o Estado Democrático de Direito, tentando calar uma voz que representa, como indicado pelas pesquisas de intenção de voto, uma grande parte da população brasileira.

É inaceitável, no espetáculo da democracia, pretender emudecer qualquer candidato, ideias e planos de governo em uma tentativa de feri-lo de morte.

O triste episódio, pelo que está sendo descrito e mostrado nas redes sociais, não fora um ato praticado por apenas um homem solitário e desequilibrado. Segundo consta nas imagens, a faca que perfurou o candidato havia sido carregada por uma mulher, que passou para outro indivíduo e este a entregou na mão do meliante. Se isto for comprovado, na verdade houve uma estrutura organizada e criminosa para matar Jair Bolsonaro.

Outro fato que nos chama a atenção, é que renomados advogados foram de avião particular para participar e compor a defesa da pessoa que desferiu a facada, Adélio Bispo de Oliveira, que por pouco não levou a óbito Jair Bolsonaro.

Causa estranheza, não o fato do meliante ser defendido, certo que isto é um princípio constitucional, mas sim, sobre a história de uma congregação religiosa da cidade de Montes Claros (MG), contratar e arcar com os honorários dos advogados para defesa de Adélio. É de se perguntar: Qual o interesse do fiel ou da congregação? Será que está entre as atividades e atribuições religiosas da congregação ou de seus seguidores pagarem advogados para criminosos? Um dia após o ataque, o fiel, em uma agilidade descomunal, já entrara em contato e fechara a contratação dos advogados? Tudo isto deverá ser apurado durante a investigação que está sendo realizada pela Polícia Federal e que deverá elucidar estes e outros fatos.

Deixo claro que os profissionais nada tem a ver com as indagações, eles foram contratados para exercerem seu mister. O importante é descobrir quem está por traz da contratação e o que pretendem esconder.

Por outro lado, vimos algumas manifestações por parte de uma esquerda raivosa, antidemocrática, que ao saber do atentado, a exemplo da frase postada por Dilma Rousseff em rede social, disseram: “quando se planta vento, colhe tempestade.”

Será que Dilma Rousseff quis justificar sua tortura quando plantou o terrorismo no Brasil? Acredito que não, nada justifica a tortura de uma pessoa, mas pela linha de raciocínio, desconexa, de Dilma e outros asseclas, poderíamos chegar a esta equivocada conclusão.

Atribuir a violência contra o Bolsonaro por seus discursos e seu linguajar é tornar rasa a discussão sobre o triste acontecimento, em tentativa leviana, de justificar o injustificável.

* Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)