Embraer, 50 anos de desafios vencidos
Embraer, 50 anos de desafios vencidos
As dificuldades acabaram por gerar soluções pioneiras na indústria.
Do desafio abraçado por um grupo de engenheiros do então recém fundado Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), nascia a Embraer com a missão de produzir o Bandeirante, primeiro avião inteiramente projetado e produzido no país.
Daquele início, resta a visão empreendedora e a capacidade técnica numa empresa que alçou voos mais altos e se tornou a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo.
O caminho não foi sem percalços. Ao longo desses 50 anos, a empresa já flertou com a falência e agora vê sua principal divisão ser vendida para a Boeing, depois que a Airbus passou a competir no segmento que até então a Embraer era a força dominante.
As dificuldades acabaram por gerar soluções pioneiras na indústria. O processo de planejamento e projeto de um avião e sua posterior fabricação, com vários parceiros internacionais, acabou se tornando o benchmark no mundo.
A capacidade da empresa de desenvolver projetos vencedores será colocada mais uma vez à prova na resposta sobre os próximos 50 anos. O que a Embraer irá se tornar agora que não tem mais sua divisão de aviação comercial?
Um dos caminhos parece ser o desenvolvimento de aviões elétricos. Anunciada recentemente, a parceria entre a Embraer e a WEG, duas campeãs nacionais em tecnologia, para a produção de um avião elétrico, tem enorme potencial de sucesso.
As empresas escolheram o Ipanema como modelo de testes das novas tecnologias. A aeronave é um êxito estrondoso no segmento aeroagrícola e o mais adequado para as tecnologias já existentes em propulsão elétrica.
Esses e outros projetos permitem acreditar que a Embraer continuará brilhando e mantendo-se referência internacional no desenvolvimento de tecnologias no setor aeroespacial.
* Shailon Ian é engenheiro, CEO da Vinci Aeronáutica e fundador do Centro de Treinamento Online em Aviação Civil Vinci Ideas.
Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada