Que venha 2020!
Que venha 2020!
Mais um ano termina e a briga política ideológica entre alguns esquerdopatas e o atual governo parece não ter fim.
Acusações, elevação do tom sobre pequenas falas desavisadas de um lado e do outro, que poderiam passar despercebidas - afinal para quem já teve um presidente da república que se orgulhava em dizer que seu primeiro diploma era de presidente e que não era afeito à leitura, sem contar a chefe do executivo que exaltava a mandioca e pretendia estocar vento -, foram problematizadas em excesso.
No entanto, poderíamos fazer vista grossa para alguns discursos fora do tom da direita.
Chamo de esquerdopatas e também alguns direitopatas aqueles indivíduos que sofrem de uma sociopatia política e ideológica que os impedem de enxergar soluções benéficas para o Brasil desde que seu lado político não seja autor ou protagonista destas ideias, como se existisse o dono da razão.
Nessa linha de pensamento, o que vem do lado oposto está sempre contaminado.
O Brasil passou este ano a passos lentos, a oposição, o centrão e mesmo a conjuntura nacional deveriam ter dado pressa às medidas de extrema importância para o desenvolvimento do país, como as reformas tributária, administrativa, entre outras.
A Reforma da Previdência, a duras penas retirados os estados e municípios que estão à míngua, mesmo que desidratada, fora aprovada pelo bem do país.
O Brasil parou para assistir o julgamento da possibilidade ou da revogação da prisão em segundo grau, se estava de acordo os ditames constitucionais, cujo texto é de clareza ímpar em descrever que ninguém pode ser considerado culpado até que a sentença condenatória transite em julgado, ou seja, até que não caibam mais recursos.
Os profetas do apocalipse diziam que, se fosse revogada a prisão de segundo grau, a marginalidade estaria solta, que o Brasil iria viver um caos de violência, todos os malfeitores, estupradores, homicidas, latrocidas, traficantes, entre outros, estariam postos na rua para continuar seus malfeitos, aterrorizando os cidadãos de bem.
O discurso apocalíptico e sofístico não esclarecia à população que a maioria desses presos está encarcerada por prisão preventiva e não por condenação em segundo grau.
A matéria de fundo dessa afronta à constituição federal passou a ser a possibilidade da soltura de alguns condenados da Lava Jato, notadamente seu maior expoente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A celeuma fugiu do campo jurídico, passando para um campo político.
A prisão em segundo grau foi revogada, não houve nenhum aumento nos índices de criminalidade (por esta razão). Lula está condenado (sem o trânsito em julgado), mas não encarcerado, parecendo ter diminuído, inclusive, a força de seu discurso político quando recluso.
O jargão “Lula Livre” perdeu força em algumas manifestações petistas. A caravana após a libertação do ex-presidente não teve o efeito esperado, movimentou meia dúzia de pessoas praticamente compostas por asseclas ou contratadas.
O Brasil deve priorizar os projetos para o aquecimento da economia, tão bem defendidos pelo ministro Paulo Guedes e com total apoio do presidente da República ao invés de criar crise onde não existe.
Guedes mencionou o AI-5 e, em um desvirtuamento da frase posta e que passou a ser manchete na maioria dos jornais, parece que ele retrata o desejo da presidência.
Que em 2020 as fofocas políticas fiquem para trás e que as reformas importantes para o país sejam implementadas com maior rapidez e seriedade. Feliz Ano Novo!
* Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
Fonte: Naves Coelho Comunicação