Coleta de sempre-vivas vira patrimônio agrícola mundial
Coleta de sempre-vivas vira patrimônio agrícola mundial
Atividade centenária dos apanhadores de flores traz para Minas o primeiro reconhecimento do país dessa natureza.
A partir de agora, o sistema dos apanhadores de sempre-vivas integra o seleto grupo dos Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (Sipam). Isto porque a tradição centenária das comunidades da Serra do Espinhaço, no Jequitinhonha, acaba de ser reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como patrimônio agrícola mundial. É o primeiro reconhecimento dessa natureza no país e o quarto na América Latina.
A entrega da certificação aconteceu nesta quarta-feira (11/3), em Brasília, com a presença de representantes dos apanhadores de flores e autoridades. O objetivo da FAO, com o selo, é valorizar populações que preservam métodos seculares de manejo da terra e mantêm, dentro de seu habitat, relações sustentáveis com o meio ambiente.
Ao todo, 1.500 pessoas distribuídas em seis comunidades serão diretamente beneficiadas. Entre elas estão Pé de Serra e Lavras, situadas no município de Buenópolis; Vargem do Inhaí, Mata dos Crioulos e Macacos, localizadas em Diamantina e, ainda, o povoado de Raiz, em Presidente Kubitschek.
A expectativa é de que, com a chancela internacional, esses lugarejos passem a ter mais visibilidade e, por consequência, ganhos com o turismo e com a economia. Para a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Valentini, o selo vai chamar a atenção para a necessidade do envolvimento de todos na preservação dessas comunidades e da rica cultura que elas carregam através de gerações.
Foto: Valda Nogueira
Fonte: Agência Minas