Coronavírus motiva famílias a buscarem imóveis fora das grandes cidades
Coronavírus motiva famílias a buscarem imóveis fora das grandes cidades
O cenário atual tem feito com que a população mude drasticamente a sua maneira de viver.
Um fenômeno que está ocorrendo, especialmente entre famílias mais abastadas, é a procura por refúgios em cidades pequenas no interior e no litoral.
O objetivo é óbvio: ficar distante dos grandes centros, onde há maior aglomeração de pessoas.
Para 2020, de acordo com a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), o segmento de médio e alto padrão deve representar um crescimento de mais de 30% no mercado imobiliário.
Desde o anúncio da pandemia, famílias passaram a procurar imóveis para períodos de, no mínimo, 120 dias em condomínios de luxo fechados, bem como outros existentes no litoral.
A locação ou compra desses imóveis, utilizados em decorrência do temor das cidades com superpopulação, foi uma decisão emergencial para buscar mais tranquilidade nesse período de reclusão obrigatória a que foram submetidas.
De fato, é muito mais lógico permanecer no interior, em sítios, fazendas e condomínios fechados, principalmente para pessoas que estão no grupo de risco.
Com essas providências de saírem das grandes capitais, as famílias procuram obter segurança nesses tempos de inquietação e apreensão, conseguindo fugir, inclusive, de preços abusivos praticados pelos oportunistas nas grandes metrópoles.
Com os colégios investindo maciçamente em aulas virtuais, o distanciamento não será problema, apesar de algumas escolas ainda estarem em processo de ajustes, já que este será o modelo a ser adotado por tempo indeterminado.
É possível que um quadro epidêmico mais grave no Brasil não possa ser evitado. O governo fala em operação de guerra, mas batalhas importantes já foram perdidas.
Dessa forma, a fuga de famílias para regiões mais isoladas parece realmente ser a melhor solução. Sabe-se lá até quando.
* Dr. Carlos Ely Eluf é advogado titular do Eluf Advogados Associados, coordenador e conselheiro de prerrogativas da OAB-SP.
Fonte: Flávia Vargas Ghiurghi