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O poder das palavras

O poder das palavras

26/04/2020 Acedriana Vicente Vogel

Quem de nós já não tentou ajudar uma criança da família, em casa, e não avançou um centímetro, diante da célebre frase: “mas a professora disse que é assim!”?

Benditas palavras da professora. Será que essa professora tem a real dimensão da potência da sua palavra?

Compreende de fato o “poder” para o bem ou para o mal que emana da sua fala? Que, dependendo da situação, será bem-DITA ou mal-DITA?

Equalizo a potência das palavras proferidas à das sementes lançadas, que podem crescer mesmo quando o agricultor dorme. Portanto, quando bem-DITAS, têm a potência de fertilizar; todavia, quando mal-DITAS, podem aniquilar.

Entretanto, há como desenterrar sementes, replantar. Já desdizer é algo mais complexo e profundo. Nunca teremos a certeza que, de fato, apagamos o mal entendido.

Pensar antes de falar tem muito sentido e nos evita muitas situações complicadas. Montaigne defende que as palavras pertencem metade a quem fala e metade a quem ouve.

Logo, não temos poder sobre o entendimento das mesmas, em relação a quem nos ouve, quer por imperícia nossa ou do receptor.

O que podemos afirmar é que as palavras não são levadas pelo vento, ficam presas em nossa mente e em nosso coração - sejam elas bem ou mal ditas.

Talvez seja pela importância que a palavra tem entre nós que o registro bíblico da criação se fez por meio dela.

Deus poderia ter criado todas as coisas, por meio de um sopro, de um pensamento... mas não: foi proferindo palavra por palavra. E mais: o verbo se fez carne e habitou entre nós, seu filho único. A palavra é o cerne da criação.

Diz-se que a boca fala daquilo que o coração está cheio. Humanizamos pela palavra e, por meio dela, defendemos o direito do ser humano na sua integralidade, a fim de que o espaço da dignidade não seja extorquido de nenhum cidadão.

Em uma de suas composições, Renato Russo registrou, de forma contundente: “palavras cortam mais do que as facas. Elas não perfuram a pele, rasgam a alma”.

A escola deve ser, por excelência, um templo de qualificação humana, pois, ao garantir o direito de aprender, constrói sentido ético e estético para a palavra, expandindo-a na comunicação.

Afinal, todo ato pedagógico é um ato de comunicação. E a comunicação está mais nas entrelinhas que nas linhas. Sua ressonância é mais subjetiva que objetiva.

* Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.

Fonte: Central Press



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