Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Enfrentando o luto diante da pandemia

Enfrentando o luto diante da pandemia

29/10/2020 Sandra Morais

A perda de um ente querido já é dolorosa por si só, e diante dessa pandemia, ao passarmos pelas etapas sem velório e funeral, se torna mais dolorida.

Isso acontece porque ficamos sem o abraço dos amigos e familiares e sem a chance do último adeus em um funeral. Luto é um processo, onde forma reações e emoções, resultado de uma perda muito marcante em nossas vidas.

Na verdade, nunca iremos conseguir definir o que é luto, porque ele é particular e individual, cada qual tem uma forma de sentir e passar por ele.

Mas como lidar diante de um momento tão frágil em nossas vidas? Primeiro de tudo, acolha os sentimentos. Não fica se culpando por senti-los ou simplesmente por estar triste. Expresse o que sente com pessoas próximas. Não se julgue.

Também tente buscar prazer nas pequenas coisas e procurar focar no presente, naquilo que você tem no momento e não nas coisas que perdeu.

Organize uma rotina diária que inclua atividades produtivas e prazerosas, de autocuidado, de relaxamento e tente algo para praticar a compaixão. Entenda que cada pessoa tem uma reação e um jeito de lidar com as situações.

Ou seja, cada um irá passar pela aceitação do luto de formas diferentes, não há fórmulas, apesar de que há alguns exemplos de pessoas, talvez até mesmo familiares e amigos, que souberam superar esses sentimentos e que nos desperta encorajamentos.

Mas se você não conseguir superar tão rápido ou tão bem quanto essas pessoas, não se culpe nem se julgue.

Outra questão é sobre o tipo de luto encarado por cada pessoa. Por exemplo, não se pode diferenciar simplesmente pelo seu tempo de duração.

Cada um tem seu tempo na hora de passar pelo processo de superação da perda. Há várias etapas, como o contato com o ocorrido, a raiva, a compreensão, a aceitação e, enfim, a superação.

Superar o luto e vencer os sentimentos de tristeza não significa que a pessoa precisa esquecer o ente querido. O detalhe está em superar a dor da ausência e aceitar a perda.

É preciso entender que não somos máquinas com o botão de “liga e desliga”. Então, para vencer esse momento procure ter uma rotina, tente voltar a trabalhar, busque coisas produtivas para a vida, tire tempo para o lazer, para passear, evite ficar sozinho e busque a companhia de amigos.

No entanto, há aqueles que não conseguem entrar na fase de aceitação. Há quem passa a ter um sofrimento duradouro e não consegue chegar à fase da superação. Com isso, não alcança o desapego daquele que já se foi.

Nesse caso, o enlutado deve procurar ajuda, pois, quando isso acontece, a depressão acaba fazendo parte deste luto. Para isso, é necessária a busca por acompanhamento psicológico.

É importante ressaltar que a terapia não irá eliminar a dor, mas irá promover uma memória saudável em vez de um peso.

E quanto mais leve nossa mente ficar diante da dor, mais fácil será para a pessoa retomar sua rotina e fazer sua vida seguir em frente.

* Sandra Morais é Psicóloga e Neuropsicóloga, com especialização em Avaliação Neuropsicológica pela PUC RJ.

Fonte: Drumond Assessoria de Comunicação



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves