Paradigmas da segurança cibernética em 2021
Paradigmas da segurança cibernética em 2021
A pandemia mudou a vida de todos e, para muitas empresas, transformou para sempre os modelos de negócios.
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Com isso, entre os impactos enfrentados pelas organizações, estão profissionais trabalhando de forma remota, escritórios ainda fechados ou com acesso restrito, cadeias de suprimentos interrompidas e um movimento de forte transição para os canais digitais. Muitas organizações aceleraram a implementação de tecnologias, e se tornaram extremamente dependentes dessas ferramentas e da infraestrutura que apoia esse novo cenário dos negócios.
Com o suporte de diferentes tecnologias, a vida de muitos profissionais está dividida em videoconferências e demais interações nos canais digitais. É provável que essa mudança tenha um impacto permanente, pois muitos executivos têm afirmado que devem continuar utilizando essas ferramentas após a pandemia. Junto com esse movimento, o crime organizado é ágil e criativo ao explorar medos, incertezas e dúvidas.
Há um aumento no número de ataques digitais, com criminosos passando a explorar o ambiente de trabalho remoto. Isso faz com que o risco de segurança cibernética seja uma das grandes preocupações das empresas atualmente. A maioria dos líderes de negócios, inclusive, entende esse tema como o maior risco para o crescimento organizacional nos próximos três anos.
Neste cenário, a segurança cibernética se torna mais pessoal. Ela já é relevante não apenas para a equipe, mas também para executivos em posições de liderança, os quais estão mais conscientes do que nunca sobre a fragilidade de sua infraestrutura digital seja no âmbito profissional ou pessoal. Trata-se de um cenário que faz com que a maioria dos executivos também indiquem a possibilidade de investirem mais em medidas de segurança de dados, seguidas de perto por tecnologias centradas no cliente, comunicações digitais e inteligência artificial. Ainda assim, o fato é que não se trata apenas de investimento, mas também da abordagem que as organizações devem adotar para a segurança cibernética.
À medida que as empresas se tornam digitais, muitas delas, de distintos setores e regiões, percebem que há vantagens competitivas no longo prazo geradas com o uso inteligente e estratégico dos dados, e não mais nos bens físicos, como se acreditava antes. Algumas organizações estão, nesse sentido, estão fortalecendo as práticas de privacidade e governança da segurança da informação seguindo novos paradigmas de proteção e necessidades dos negócios.
As organizações mais bem-sucedidas não apenas tratam a segurança cibernética como determinante para o sucesso no futuro, mas também buscam gerar confiança para o consumidor no aspecto cibernético, na proteção dos dados confidenciais e na transparência de sua abordagem e no tratamento dos dados de seus clientes. Essa confiança deve se tornar mais evidente até o fim deste ano e a implementação eficaz da segurança cibernética pode desempenhar um papel crucial na construção desse vínculo em um mundo cada vez mais digital e menos tolerante às falhas que podem afetar diretamente os consumidores e seus dados.
* Leandro Augusto é sócio-líder de Segurança Cibernética da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Fonte: Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação (RV&A)