Glaucoma congênito é a principal causa de cegueira na infância
Glaucoma congênito é a principal causa de cegueira na infância
Bebês com história familiar de patologias oculares e portadores de síndromes genéticas precisam de uma avaliação oftalmológica rigorosa.
O diagnóstico precoce do glaucoma congênito é um desafio. Isso porque as manifestações clínicas são inespecíficas e podem ser diferentes, de acordo com a idade e o grau de malformação anatômica do sistema visual. Estima-se que o glaucoma congênito atinge 1 em cada 10 a 18 mil crianças no primeiro ano de vida.
Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, a criança pode apresentar alterações visuais nos primeiros dias de vida ou ao longo da infância.
“Entre os sintomas mais comuns do glaucoma congênito estão a fotofobia (sensibilidade à luz), o lacrimejamento e o blefaroespasmo. Esse último se caracteriza pelo descontrole do ato de piscar”.
‘Há outras manifestações clínicas, como edema da córnea (inchaço), alargamento da estrutura, bem como alterações no nervo óptico e buftalmia, que é o aumento do volume do globo ocular”, comenta Dra. Maria Beatriz.
Teste do Reflexo Vermelho
No Brasil, foi instituído o Teste do Reflexo Vermelho, mais conhecido como ‘teste do olhinho’. Esse exame é realizado na maternidade. Entretanto, pode não ser suficiente para o diagnóstico precoce do glaucoma congênito.
“Por isso, recomenda-se que todos os bebês, ainda no primeiro ano de vida, sejam avaliados por um oftalmologista. Essa avaliação se torna ainda mais importante nos bebês e crianças com histórico familiar de doenças oculares hereditárias, incluindo o glaucoma”, reforça a oftalmologista.
Fonte: Agência Health