Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Reeleição, um mal nacional

Reeleição, um mal nacional

03/03/2009 Dirceu Cardoso Gonçalves

Vivemos fevereiro de 2009. Faltam ainda 20 meses para as eleições de presidente, governador, senador e deputados.

Os eleitos do pleito anterior (prefeitos e vereadores) acabaram de tomar posse e, muitos deles, ainda se aclimatam nos cargos para depois começar a trabalhar. E, lamentavelmente, já está deflagrado o processo para a sucessão presidencial. Isso é ruim para o país e para o povo brasileiro, que esperam trabalho de seus governantes de todos os níveis. O que temos verificado nos últimos tempos é o presidente Lula atuando como garoto-propaganda da ministra Dilma Roussef, a quem quer fazer sua sucessora e pelo menos dois governadores - os tucanos José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais - medindo forças para viabilizar suas candidaturas à presidência da República. A campanha presidencial já é o tema principal quando nem bem saímos das eleições municipais.

E o mais grave é que os cidadãos envolvidos na contenda têm mandatos a cumprir e obrigações anteriormente assumidas com o povo que os elegeu em seus atuais cargos. Sabe-se há muito tempo que os quatro anos de um mandato eletivo são reduzidos para dois realmente produtivos, pois a cada dois anos existem eleições: as gerais e as municipais. Quando lança Dilma prematuramente, o presidente Lula presta um desserviço à nação, pois joga fora um ano do seu segundo mandato. Agora, que o governo deveria estar no estirão final de suas realizações, fica preocupado com a construção da figura da sucessora. Em contrapartida, os seus opositores, que têm a missão de governar dois dos principais Estados da Federação, também colocam-se como candidatos, desviando suas atenções da tarefa assumida com o povo nas eleições de 2006.

E não adianta dizer que conseguem governar e fazer campanha, pois todo o povo sabe que isso é impossível. Ao priorizar a campanha prematura, Lula vale-se de seu carisma para não se transformar num pato manco - aquela imagem que toma conta do governante no período em que já foi eleito o seu sucessor - e Serra, Aécio e todos os que têm mandato e estão dispostos a concorrer em 2010 correm o risco de não governar da melhor forma seus Estados. Bem analisada, essa situação demonstra falta de seriedade. Todo político - de vereador a presidente da República - assume com o povo o compromisso de legislar ou governar durante quatro anos.

Se perdem dois anos em campanha, estão enganando o povo. É por isso que somos contrários à reeleição para cargos executivos e, para o bem do país e da administração pública, temos todos a obrigação de lutar para que as candidaturas não sejam colocadas prematuramente, como está ocorrendo agora. Senhores detentores de mandatos eletivos e de cargos públicos. Trabalhem! Eleição, só no ano que vem...

*Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso


Filosofia na calçada

As cidades do interior de Minas, e penso que de outros estados também, nos proporcionam oportunidades de conviver com as pessoas em muitas situações comuns que, no entanto, revelam suas características e personalidades.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Onde começam os juros abusivos?

A imagem do brasileiro se sustenta em valores positivos, mas, infelizmente, também negativos.

Autor: Matheus Bessa