Endividamento dos brasileiros sobe ligeiramente em agosto
Endividamento dos brasileiros sobe ligeiramente em agosto
Entre as famílias mais pobres, contudo, tendência de crescimento é mais acentuada.
O número de brasileiros com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa cresceu ligeiramente em agosto (0,1 ponto percentual, com relação a julho), chegando a 67,5%.
Embora tenha apresentado um ritmo de aceleração menor, o percentual de endividamento é o maior da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010. No comparativo anual, o índice registrou aumento de 2,7 pontos percentuais.
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas caiu para 14,6%, a primeira queda desde janeiro deste ano. A comparação anual, porém, ainda registra alta, embora menos expressiva, de 0,8 ponto percentual.
Especificamente entre as famílias de menor renda, contudo, o endividamento continua crescendo. Para as que recebem até 10 salários mínimos, o percentual alcançou novo recorde na série em agosto (69,5%, contra 69%, em julho, e 66,1%, em agosto de 2019). No caminho inverso, entre as famílias com renda acima de 10 salários, esta mesma proporção diminuiu para 57,8%, em agosto, ante 59,1%, em julho, e 59,2% em agosto de 2019.
O total de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou de 26,3%, em julho, para 26,7%, em agosto, atingindo a maior proporção desde março de 2010. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a proporção cresceu 2,4 pontos percentuais.
Por outro lado, a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes manteve-se praticamente estável em agosto, passando de 12%, em julho, para 12,1%. No mesmo período de 2019, o indicador havia alcançado 9,5%.
Fonte: CNC