Portal O Debate
Grupo WhatsApp

As novas faces e fases da ciência na pandemia

As novas faces e fases da ciência na pandemia

08/07/2021 Cristina Baena

Há um ano e quatro meses, a ciência trava uma batalha resiliente e incansável contra a pandemia da Covid-19.

As novas faces e fases da ciência na pandemia

Em meus anos dedicados à pesquisa, não vejo um momento que possa ser comparado aos desafios que enfrentamos desde então e às conquistas alcançadas. A ciência compreendeu melhor o vírus, propôs terapias com base em testes bem conduzidos, criou vacinas. Mas a necessidade de continuar aprendendo e somando esforços é enorme. E inesgotável.

No Brasil, a participação como voluntários em pesquisas ainda não é tão difundida como em outros países. Mas a empatia trazida pela pandemia e o entendimento de que a Covid-19 é uma doença da sociedade difundiram a importância de cada um nesse processo. Voluntários e suas famílias foram de uma grandeza e importância ímpar, entendendo toda a necessidade e aplicação da ciência. Em meio à incerteza que a Covid-19 traz, à dor de perder ou ver sofrer quem se ama, não pensaram duas vezes em ajudar a salvar vidas.

E se as pesquisas têm novas faces, elas têm também novos olhos e mãos. Enfermeiros, farmacêuticos, intensivistas, cirurgiões, fisioterapeutas foram protagonistas para novos achados e, principalmente, novas aplicações. São profissionais que até então não estavam envolvidos em pesquisas acadêmicas, mas, pela imposição do vírus, uniram a assistência à coleta de materiais, às micro biópsias, ao recrutamento de voluntários, à implantação imediata de mudanças de protocolos.

Esse processo ganha ainda mais importância porque a ciência não está seguindo o ritmo habitual na pandemia. Pesquisas vão acontecendo e seus resultados imediatamente norteando as ações dos profissionais da linha de frente no cuidado aos pacientes infectados. Intercâmbios de pesquisadores em redes  reúnem hospitais referência de todo país, trocando informações em tempo recorde e permitindo que instituições de saúde se adaptem a cada mudança verificada por pesquisadores em diferentes partes do mundo.

Se usarmos as prevalências reportadas no recente estudo do Imperial College de Londres, temos, no Brasil, um número de pessoas que pode variar de 4 a 11 milhões, com enormes impactos na sua vida e de suas famílias trazidos pela chamada "Covid longa", inclusive com redução da capacidade de trabalho. Depois de um período agudo da doença, isolamento, solidão, em um percentual de infectados, ficam as incapacidades adquiridas. Se considerarmos que os atuais pacientes brasileiros são cada vez mais jovens, é clara a constatação de que isso terá reflexos ainda mais marcantes para a sociedade.

E, mais do que nunca, é preciso enxergar as pessoas por trás desses números. Esse talvez tenha sido um dos principais aprendizados da pandemia. Porque são essas pessoas que nos motivam e também tornam possíveis os avanços que tivemos até aqui. Não há como negar que a ciência ganhou novos rostos desde o início da Covid-19. São pais, mães, esposas, filhos, famílias inteiras que colocaram a possibilidade de avançar nas descobertas sobre o coronavírus acima de suas próprias dores, principalmente as do luto. A adesão desses pacientes e familiares tornou todo o conhecimento que temos hoje possível.

Agora teremos que unir esforços, entre Sistema Único de Saúde, sistema de saúde suplementar, setor empresarial e universidades, para coletar dados, aprender rápido e oferecer reabilitação a esse “exército” de sobreviventes do coronavírus ou teremos um aumento insustentável no número de pessoas dependentes de atendimentos de saúde. Pessoas que não são números, mas rostos, assim como as muitas faces que fizeram parte da ciência nesse período. Da mesma forma como a Covid-19 é uma doença da sociedade, os impactos que ela deixará também serão e atuando como sociedade integrada que minimizaremos esses impactos a médio e longo prazo.

* Cristina Baena é fisioterapeuta, epidemiologista, coordenadora de Pesquisa do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI) dos Hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Escola de Medicina da PUCPR.

Para mais informações sobre Ciência clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Central Press



O etanol como pilar de sustentabilidade energética no Brasil

O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é um exemplo notável de combustível com baixa emissão de carbono.

Autor: J. A. Puppio

O etanol como pilar de sustentabilidade energética no Brasil

A geopolítica do clima e as consequências de ignorar

Nos últimos anos, estamos percebendo de forma bastante clara como as questões climáticas vêm influenciando o xadrez geopolítico global.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray

A geopolítica do clima e as consequências de ignorar

Não, as praias não serão privatizadas – entenda a PEC 3/2022 e por que defendê-la

É necessário que o bem do Brasil esteja acima de qualquer preciosismo político.

Autor: Lucas Sampaio


Cemig recicla quase 100% dos resíduos sólidos gerados pela companhia

Desde 2020, a empresa evitou o descarte de 200 mil toneladas de materiais no meio ambiente.

Autor: Divulgação

Cemig recicla quase 100% dos resíduos sólidos gerados pela companhia

Minas garante a preservação de espécies raras de fauna e flora

As unidades de conservação (UCs) em Minas Gerais, geridas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), são verdadeiros oásis para a conservação da natureza.

Autor: Divulgação

Minas garante a preservação de espécies raras de fauna e flora

Traças de roupas e livros: curiosidades e prejuízos causados pelos insetos

Encontradas em lares, roupas e livros, as traças tem hábitos alimentares e de sobrevivência distintos, de acordo com Biólogo do CEUB.

Autor: Divulgação

Traças de roupas e livros: curiosidades e prejuízos causados pelos insetos

Rio Grande do Sul: a reconstrução passa pela recuperação da vegetação nativa

A nova realidade criada pela tragédia exige igualmente novas respostas da gestão pública, incluindo um olhar prioritário para a questão ambiental.

Autor: Divulgação

Rio Grande do Sul: a reconstrução passa pela recuperação da vegetação nativa

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

A aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, em julho de 2020, trouxe novas e importantes perspectivas para o avanço da infraestrutura do setor.

Autor: Elzio Mistrelo

Investir em saneamento traz retorno para a saúde

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos

Arqueólogos encontraram os primeiros ossos em 1974, na área do Monumento Estadual Lapa Vermelha, em Pedro Leopoldo

Autor: Divulgação

Descoberta de Luzia, um dos esqueletos mais antigos das Américas, completa 50 anos

Governo de Minas e Ibama reabilitam onça parda atropelada e a devolvem à natureza

Animal havia sido atingido em rodovia, próximo a Campos Altos, e foi submetido a cirurgia; espécie é a segunda maior espécie de felino das Américas e está ameaçada de extinção.

Autor: Divulgação

Governo de Minas e Ibama reabilitam onça parda atropelada e a devolvem à natureza

Qual produto é mais recomendado para manutenção de fossa séptica?

A manutenção ideal de uma fossa séptica é crucial para manter um sistema de saneamento confiável e saudável.

Autor: Divulgação


A revolução das soluções baseadas na natureza

De acordo com um estudo liderado pela UFRJ, 48 mil pessoas morreram por ondas de calor entre 2000 e 2018 no Brasil.

Autor: Danilo Roberti Alves de Almeida

A revolução das soluções baseadas na natureza