Na pista de decolagem, BIM alça importante voo
Na pista de decolagem, BIM alça importante voo
O uso da tecnologia BIM – sigla de Modelagem da Informação da Construção, em inglês – vai alcançando novos ares e expandindo sua aplicabilidade para as mais diversas áreas da construção civil.
E é no Aeroporto de Governador Valadares, município situado a pouco mais de 300 km de Belo Horizonte, onde está a pista de decolagem ampliada utilizando as potencialidades da ferramenta.
A aplicação do BIM no projeto teve como objetivo reduzir drasticamente os riscos de acidentes na obra, considerando que há nesse tipo de empreendimento um elevado grau de complexidade na execução e de gestão de recursos.
A equipe que executa o projeto de extensão da pista usando o BIM, neste caso, é capaz de antever uma logística que passe pela avaliação mais precisa dos riscos antes mesmo de iniciar a etapa da mão na massa.
É importante destacar que o uso da plataforma foi pré-requisito obrigatório, estabelecido em contrato pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) para que houvesse recursos federais no Aeroporto de Governador Valadares.
Além disso, o projeto integrou o BIM ao uso de realidade virtual (RV). São indícios claros de que há uma tendência inevitável no mercado, e que exigirá a atualização de todos os arquitetos e engenheiros ainda não familiarizados com essas novas tecnologias.
A grande vantagem do BIM, além de permitir uma visão altamente detalhada do projeto em 3D, é que exige a integração efetiva de toda a equipe.
É na plataforma que atuam os profissionais qualificados envolvidos na construção, e todas as modificações são feitas de maneira conjunta, de modo que a intervenção de uma parte do projeto mobiliza quase todo o restante.
Isso provoca a necessidade de encontrar soluções que passem pelos diferentes especialistas. É de se imaginar que numa obra da envergadura de um aeroporto esse tipo de atuação seja ainda mais necessário.
Antever os detalhes de um grande projeto pode otimizar até mesmo o uso de insumos, o tempo de execução e até mesmo a segurança dos trabalhadores envolvidos. São pontos essenciais de um projeto que, antes do BIM, não eram possíveis de se mensurar.
Por isso, a plataforma inova, de modo geral, ao oferecer um domínio muito maior sobre o empreendimento, e a possibilidade de controle absoluto de cada uma de suas etapas.
* Weber Carvalho é engenheiro civil e diretor técnico da Projelet.
Fonte: Naves Coelho Comunicação