Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A comunicação educativa no processo de retomada social

A comunicação educativa no processo de retomada social

05/06/2020 Taiana Jung e Rui Marcos

Alguns governos municipais e estaduais, a partir desse mês, começam a criar e implementar um plano de retorno às atividades comerciais, culturais, educacionais, entre outras.

Além dos critérios sanitários já estabelecidos anteriormente, a novidade é a divisão do território municipal ou estadual em zonas de contágio e a criação de uma classificação de cores que indicará os locais autorizados ou não a funcionarem diariamente, mas seguindo restrições ou orientações.

As tomadas de decisões para manutenção ou alteração das zonas estarão vinculadas ao monitoramento dos indicadores de saúde pública.

Cabe lembrar, ainda, que não existe um consenso entre os especialistas e o poder público em relação aos números absolutos e relativos de contaminados e mortes por Covid-19, ou seja, a definição do pico da pandemia acaba sendo volátil a depender da forma de análise e do contexto.

Sendo assim, os entes municipais e estaduais devem criar mecanismos e ferramentas didáticas que possibilitem a transparência, o entendimento e o acompanhamento pela população da sua base de análise dos dados do Covid-19, o significado das zonas de contágio e das classificações e cores.

A pandemia do Covid-19 colocou um desafio para os especialistas, acadêmicos, poder público e pessoas envolvidas com o monitoramento e avaliação de como levar informações técnicas, gráficos e números à população de uma forma simples e educativa - já que muitos cidadãos, de certa forma, ainda não sabem “ler” e “interpretar” corretamente um indicador.

Aprimorar a estratégia de comunicação com a população por diferentes canais, como redes sociais, material impresso, televisivo e rádios, por exemplo, são procedimentos mais comuns e de alta capacidade de cobertura.

Devido a isso,  devem ser colocados em prática o mais breve possível, porém sempre atentando para as diferentes linguagens entre as gerações de idades e os públicos, pois uma mesma informação pode - e deve - ser traduzida para a compreensão de uma criança, um adulto e um idoso.

Além disso, a estratégia de comunicação precisa envolver todos os territórios da cidade, pois eles são diferentes. As pessoas possuem hábitos e estruturas sociais distintas. Uma estratégia de comunicação que se aplica em um bairro, não, necessariamente se aplica em outro.

Cabe ao poder público estabelecer parcerias locais para que a comunicação seja assertiva, primando pelo respeito aos canais, linguagens e momentos mais adequados de cada público.

Uma possibilidade é a inclusão do tema Covid-19 de forma transversal nos conteúdos das escolas públicas e privadas, das empresas, dos cursos e eventos on-line.

Para que isso ocorra, é necessária uma ampla reflexão entre os diferentes setores sociais, de modo que criem estratégias não apenas conjuntas, mas integradas de resposta, visando para estimular uma mudança de atitude de maneira gradual na sociedade e que possibilite de forma rápida alterar os hábitos e atitudes do dia a dia - caso ocorra alteração da classificação das zonas de contágio.

Por fim, esse processo do “novo normal” foi imposto pela circunstância de uma pandemia e, por isso, a comunicação precisa ser educativa, acompanhada e avaliada para que as medidas sejam adequadas e efetivas.

Por isso, não só o acesso à informação salvará vidas, mas o quanto essa informação será transformada em conhecimentos e passará a fazer sentido para a sociedade.

* Taiana Jung é Gestora Técnica da Logos Consultoria.

* Rui Marcos é Gestor Administrativo-Financeiro da Logos Consultoria.

Fonte: Goldoni Conecta



Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso


Filosofia na calçada

As cidades do interior de Minas, e penso que de outros estados também, nos proporcionam oportunidades de conviver com as pessoas em muitas situações comuns que, no entanto, revelam suas características e personalidades.

Autor: Antônio Marcos Ferreira