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A educação digital demanda novos formatos de escolas

A educação digital demanda novos formatos de escolas

07/05/2013 Fernando Almeida

Há algumas semanas, em um jantar com amigos, chamou minha atenção a desenvoltura da pequena Heloísa em manusear o smartphone de seu pai.

Com apenas um ano e meio de idade, mal começando a articular as primeiras frases, ela transitava entre os programas e facilmente explorava os aplicativos que abria. Eu já havia visto alguns vídeos com crianças brincando em tablets e similares, mas a experiência de acompanhar o evento de perto foi marcante e despertou em mim algumas reflexões.

Que tipo de escola poderá atender com eficiência essa geração de nativos digitais que está chegando? Como geradores de conteúdo, de que forma conseguiremos estruturar um material didático adequado a essa nova realidade? Como nativo analógico, devo dizer que me sinto confortável em lidar com papel quando leio livros ou imprimo os arquivos com dados que levarei às reuniões.

No entanto, também sou migrante digital e confesso ficar fascinado com os novos recursos e tecnologias à nossa disposição, tanto aqueles que facilitam o cotidiano, como os já citados tablets e smartphones, quanto os que são voltados para o mundo educacional.

O tempo do professor em sala de aula hoje é otimizado com o auxílio dos recursos existentes nos programas de criação de apresentações e nas lousas digitais; o estudo do aluno em casa é incrementado pela facilidade de pesquisa em sites de busca e pela permanente comunicação com a escola, a qual, por meio de portais cada vez mais sofisticados, coloca à sua disposição aulas de reforço, listas de questões, atividades de fixação, revisão e aprofundamento.

No entanto, a rapidez com que avança a tecnologia e a forma como se sucedem as gerações de estudantes (e, no que se refere à população discente, o intervalo entre gerações é cada vez mais curto) trazem a certeza de que a transformação será mais profunda do que a que temos hoje. O aproveitamento dos recursos tecnológicos que já existem e dos que virão passará necessariamente por uma modificação na linguagem educacional, na qual o aluno deixa de ser um componente passivo e se torna um elemento ativo do processo de ensino e aprendizagem.

Condições para isso já existem: recursos audiovisuais que permitem contextualizar os conceitos apresentados, atividades especialmente desenvolvidas para possibilitar a aprendizagem contínua e significativa, uso de devices em sala de aula que acessam as redes colaborativas. Ao professor está reservado o importante papel de coordenador do processo, mediando o caminho do aluno rumo à aprendizagem e à aplicação dos fundamentos.

Por isso, é necessário e urgente capacitar os mestres desde sua formação; assim, poderão chegar à atividade docente com a consciência de que os conteúdos não são simplesmente alvo para a memória, mas ferramentas que possibilitam o desenvolvimento das habilidades e competências fundamentais para o pleno exercício das capacidades de nossos jovens.

*Fernando Almeida é biólogo, professor e diretor editorial do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva.



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