Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A Importância da formalização jurídica nas negociações de ativos

A Importância da formalização jurídica nas negociações de ativos

09/10/2013 Carmem Rosa Nunes

Muito tem se avançado na regulamentação e fiscalização do mercado de capitais doméstico, mormente porque autoridades e entidades reguladoras do mercado de capitais têm despendido grande esforço visando a elevação dos padrões fiduciários em prol da segurança dos cotistas dos fundos.

Os administradores e gestores de fundos de investimentos, calcados no dever de diligência na condução de suas atividades, devem estar atentos à forma na qual as suas negociações de ativos estão sendo celebradas procurando, sempre que possível, formalizar as suas operações mediante a utilização de instrumentos, não somente válidos e eficazes dentro do sistema financeiro, mas também que sejam admitidos ou compreensíveis no judiciário.

As negociações de ativos efetuadas intra mercado financeiro são realizadas maciçamente através de sistemas eletrônicos da CETIP. Assim, quando um fundo de investimento adquire determinada Cédula de Crédito Bancário (“CCB”) para composição de sua carteira, por exemplo, irá visualizar na tela da CETIP todas as condições da operação sendo que, na data prevista para o pagamento da dívida da CCB, os valores recebidos do devedor da CCB são transferidos do vendedor do título para o comprador.

Tal operação é rotineira, célere, transparente e segura dentro do sistema financeiro. Por outro lado, se o fundo comprador da CCB tiver que executar judicialmente este título, por atrasos ou inadimplência do tomador do crédito (devedor), poderá enfrentar dificuldades para discutir no judiciário a sua titularidade e as condições jurídicas de aquisição.

Afinal, não será tarefa fácil explicar aos magistrados as informações técnicas contidas na tela CETIP, e que talvez sejam compreensíveis e eficazes somente dentro do ambiente do sistema financeiro.

Isto porque, para os propósitos específicos de eventual discussão judicial, os direitos e obrigações das partes contratantes deverão estar detalhadamente caracterizados, sendo fortemente recomendável, portanto, que além da operacionalização eletrônica intra sistema via CETIP, que os fundos formalizem as operações de aquisição ou transferência de ativos, sempre que possível, via instrumentos admitidos no direito pátrio, como é o caso, por exemplo, dos instrumentos de cessão de créditos, do termo de sub-rogação de garantias, dentre outros, principalmente naquelas operações que não contem com a coobrigação do cedente do título.

*Carmem Rosa Nunes, é advogada do escritório Sevilha e Arruda Advogados, especialista no direito do mercado financeiro e de capitais e presta consultoria para fundos de investimentos.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves