Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A praga da administração pública

A praga da administração pública

05/07/2013 Dirceu Cardoso Gonçalves

Os mais recentes levantamentos revelam que existem 628 mil cargos de livre nomeação, os chamados cargos de confiança, na administração pública brasileira.

São 500 mil na esfera municipal, 105 mil na estadual e 23 mil na federal.

Trata-se de um enorme contingente que, comparado aos números dos países desenvolvidos, causa indignação e explica a má imagem do serviço público brasileiro. O pior é saber que, só na área federal (na estadual e municipal não existem números), essa forma de contratação cresceu 32% nos últimos cinco anos.

Recente comparativo diz que enquanto o Brasil tem 23 mil, os “comissionados” são 8 mil nos EUA, 4 mil na França, 600 no Chile, 500 na Alemanha e 300 na Inglaterra. Seria aceitável que, ao eleger-se, o governante, para não ser um estranho dentro da engrenagem burocrática, levasse consigo o chefe de gabinete e os ministros ou secretários. Os outros cargos de confiança deveriam ser preenchidos por servidores de carreira, que já conhecem a máquina e podem ter desempenho melhor do que quem vem de fora.

Mas, em vez disso, quando chega ao cargo, o eleito nomeia milhares de cabos eleitorais e apadrinhados que, na maioria das vezes, nada têm a ver com a administração e nem sempre têm a obrigação de trabalhar. Cita-se casos de órgãos públicos onde não caberiam todos os seus funcionários se todos comparecessem ao mesmo tempo. A válvula legal que permite ao administrador levar boas cabeças para a repartição é deturpada através do impatriótico processo eleitoral.

E o quadro promiscuo se completa com o loteamento dos cargos e repartições, nomeando-se para eles os indicados dos parlamentares que se comprometem a votar com o governo. Seria injusto dizer que todos os nomeados sem concurso não trabalham. Muitos deles exercem importantes funções. Mas não fazem melhor do que fariam os servidores de carreira se estes fossem estimulados a melhorar seu desempenho a ponto de, independentemente das eleições ou de quem governa, por méritos, galgarem posições mais destacadas e, consequentemente, melhor remuneradas.

Os cargos de confiança, como bem diz o termo, deveriam ficar reservados apenas à área mais próxima ao governante. Nada mais. Essa seria a grande reforma política e nem precisaria de plebiscito ou referendo. Mais importante do que forma de voto, financiamento de campanha e outros quetais que a presidenta e seus auxiliares insistem em fazer passar pela goela do povo.

No dia em que as eleições – de todos os níveis – deixarem de ser uma corrida de cabos eleitorais e apaniguados em busca de uma “boquinha”, o eleitor poderá voltar a se interessar pelo processo e votar com melhor qualidade, elegendo aqueles cujas propostas sejam mais compatíveis com as necessidades sociais. Para o bem geral, o governo tem de ser eleito para servir a todos e, por seu procedimento, conquistar o respeito da coletividade.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso