Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A saúde no CTI

A saúde no CTI

19/11/2015 Dinis Pinheiro

Enquanto o governo federal não tratar a saúde no Brasil com máxima prioridade, não teremos um país mais justo e menos desigual.

Dados recentes divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmam insuficientes investimentos em Saúde feitos pelo governo brasileiro a cada ano.

Ocorre que quando os números apontam que mais da metade da conta da saúde de um brasileiro continua sendo paga por ele, confirma-se de maneira absoluta a omissão de forma irresponsável da União ao manter, ano a ano, menos investimentos na saúde pública que a média mundial.

Segundo a OMS, a média de gastos em saúde do governo brasileiro com cada cidadão foi de US$ 512, já a média mundial foi de US$ 615,00 por pessoa.

Além disso, no Brasil, 47,5% da conta final da saúde é arcada pelo poder público, contra 52,5% da conta para o cidadão, por meio de planos de saúde ou gastos privados.

Em contrapartida, na média mundial, a proporção é exatamente a oposta: 57,6% dos gastos com saúde são arcados por governos, contra 42,3% pagos pelos cidadãos.

De grande relevância ainda atestar a incompetência no gerenciamento dos gastos públicos da saúde e outras áreas no Brasil, comprometendo a qualidade do serviço prestado à população.

O excesso de burocracia favorece a ineficiência e a corrupção, e a falta de mecanismos de medir a efetividade de programas conduz a grandes desperdícios.

É preciso lembrar, ainda, a brusca perda dos recursos destinados para a pasta no orçamento da União. O corte de R$ 13 bilhões no Ministério da Saúde, anunciado no início do ano, está refletindo na queda, agora, de pelo menos 32% do gasto do governo federal com obras e compra de aparelhos.

Dados reportados pelo jornal Folha de São Paulo, em uma de suas edições de setembro, alerta para o fato de que de janeiro a julho de 2014 o investimento foi de R$ 2,5 bilhões. Neste ano, o total não passou de R$ 1,7 bilhão.

Esses números vêm, infelizmente, engrossando as fileiras de mais um capítulo do descaso de Brasília com a saúde dos brasileiros. Essa história dramática, que é a do Sistema Público de Saúde do Brasil, é contada diariamente nas filas do SUS, nos óbitos por falta de atendimento, nas obras inacabadas, nas lágrimas de quem aguarda há anos por cirurgias, meses por exames, dias por um atendimento de urgência.

E, infelizmente, é esse o cenário atual, que só mudará quando no Brasil o Sistema de Saúde Pública for tratado com absoluta prioridade na aplicação e na gestão dos seus recursos, possibilitando uma vida mais digna e justa a todos.

* Dinis Pinheiro é ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves