Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A tarefa de reinventar os poderes

A tarefa de reinventar os poderes

21/12/2015 Abraham Goldstein

O Supremo Tribunal Federal, com isso, é levado a legislar e governar.

Todas as vezes que os contendores não têm força ou equilíbrio para resolver suas diferenças, o caso é levado à Justiça que, com fé pública, tem o dever de recolocar as coisas nos devidos lugares.

Essa é a segurança jurídica da sociedade. O que temos visto, nos últimos tempos, é a chamada da Justiça para decidir sobre a relação do poder público com o cidadão, casos típicos da judicialização da Saúde e da Educação, onde o estado nega medicamentos ou vagas ao contribuinte e este busca a tutela de um juiz ou até de um colegiado.

O que se tem visto agora, no entanto, é mais do que o habitual. As instituições que constituem o poder público – Executivo e Legislativo e seus titulares – perderam a força e a representatividade para fazer cumprir suas tarefas e, através de petições, delegam ao Judiciário aquilo que deveriam produzir.

O Supremo Tribunal Federal, com isso, é levado a legislar e governar. A relação dos poderes Executivo e Legislativo e de seus titulares com o Judiciário, em tempos normais, não vão além das ADINs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) em relação a projetos que o Legislativo aprova em desacordo com aquilo que entende o Executivo.

Mas, diante da balbúrdia em que se transformou o cenário político-administrativo, da falta de condições e de representatividade para o diálogo entre governo e parlamento promíscuos, tudo acaba levado às barras do tribunal.

Os integrantes do governo e das casas legislativas declaram-se tacitamente incompetentes para interpretar e o texto legal e, por isso, transferem a tarefa ao poder togado, criando demandas que retardam ainda mais a extensa pauta de trabalho dos tribunais.

Câmara dos Deputados e Senado, como patronos de toda a legislação brasileira, jamais poderiam abrir mão de interpretar aquilo que um dia elaboraram, discutiram e aprovaram, sob pena de, assim agindo, estarem renunciando suas prerrogativas de poder.

O Executivo tem o dever de respeitar aquilo que o Legislativo faz dentro de suas atribuições e, em não concordando, utilizar o recurso das ADINs, nada mais. Chamar os ministros para discutir ritos e processos internos tanto do Legislativo quanto do Executivo, é prova de incompetência e descontrole.

É a demonstração de que esses poderes, pelas práticas, estão inteiramente falidos e precisam, urgentemente, serem reinventados.

O Brasil só voltará a ter vida normal e se desenvolver, no dia em que observar com toda seriedade o requisito contido no artigo 2º da Carta Magna, que define Legislativo, Executivo e Judiciário como poderes “independentes e harmônicos entre si”...

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso