Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A tragédia de Santa Maria é nacional

A tragédia de Santa Maria é nacional

03/02/2013 Dirceu Cardoso Gonçalves

A tragédia de Santa Maria (RS) é assunto mundial. Ninguém consegue ficar alheio ou sem indignar-se com o acontecido.

Erros, omissões e verdadeiros crimes custaram a vida de duas centenas e meia de jovens e periclita a saúde de outras centenas – hospitalizados ou não – que tiveram contato com o gás letal. Para estes e suas famílias, espera-se que as autoridades e co-responsáveis cumpram integralmente suas obrigações, oferecendo assistência, apurando e cobrando cível e criminalmente todos os desvios, de todos os implicados, levando cada um a pagar sua justa parcela de culpa, dolo ou prevaricação.
A perícia da boate sinistrada tem de apurar se a instalação possuía os equipamentos exigidos, pessoal devidamente treinado para receber público tão numeroso, o alvará e as vistorias dos órgãos técnicos responsáveis. Para ser mais eficiente, a investigação tem que começar, com profundidade, no alvará anterior, pois a casa funcionava há três anos e, ninguém na ocasião de sua concessão seria louco de autorizá-la a iniciar atividades sem ter  portas de emergência, rotas de escape, sinalizações  e uma série de outros requisitos previstos em lei.

Se aquele documento existir e não contiver as exigências contidas na legislação, penalize-se com rigor a pessoa física da  autoridade ou servidor que o assinou. Se não houver alvará ou se este foi descumprido, prenda-se imediatamente os empresários e aqueles que, tendo o dever de oficio, não o fiscalizaram no tempo certo. Os acidentes – entre eles o incêndio – são possíveis em toda parte onde há atividade humana, mas, para preveni-los e minimizar seus efeitos, existem as normas de segurança. Descumpri-las, é crime hediondo.
A segurança dos locais de diversões públicas ou de atividades religiosas, onde se reúnem centenas e até milhares de pessoas de uma só vez, é tema recorrente. Sempre que acontece algum acidente, volta à baila mas logo é esquecido até que novo fato seja noticiado.

O país possui legislação avançada na área, mas também existe o maldito “jeitinho” ou a criminosa negligência, onde quem tem o dever de fiscalizar não o faz eficientemente e os que têm a obrigação de cumprir simplesmente ignoram os itens de segurança para, com isso, terem maiores lucros. Lamentavelmente, até prédios públicos, que recebem grande fluxo de pessoas, não dispõem dos equipamentos necessários à segurança de seus usuários.
Para evitar novas tragédias, é indispensável que os governos da União, Estados e municípios, promovam uma ampla revisão em todos os imóveis de uso coletivo. Isso vale, também, para prédios de repartições, comerciais e até residenciais, onde um incêndio ou o uso inadequado, podelevar ao caos e provocar mortes.

Os governantes devem ter a decência de providenciar segurança para os imóveis sob sua administração e, com isso, reunir a moral e a dignidade necessárias para exigir o mesmo do particular. E o povo, como dono de tudo, tem o direito de fiscalizar se os imóveis de eventos públicos à sua volta têm alvará, passaram por vistoria e funcionam adequadamente. Afinal, é a vida de todos nós e de nossas famílias e amigos que está em jogo.
As presenças da presidenta Dilma Rousseff e do governador Tarso Genro no palco da tragédia não podem ficar apenas no social e no imediato, como se tivessem praticado um ato de grandeza. Como titulares do poder público, eles também são co-responsaveis pelas omissões cometidas por seus subordinados.

Nada mais justo que, no mínimo, promovam o socorro às vítimas e adotem medidas concretas para a proteção dos milhões de brasileiros usuários de prédios e instalações coletivas, sejam pás particulares ou públicas. 
* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso