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Abílio Diniz perde a coroa, mas não a majestade

Abílio Diniz perde a coroa, mas não a majestade

06/02/2013 Reginaldo Gonçalves

O recente atrito entre Abílio Diniz e Jean Charles Naouri, atual presidente do Grupo Casino, foi desencadeado em virtude do vencimento do acordo de acionistas, firmado em junho de 2012, que entregava o controle acionário aos franceses.

O episódio deixou claro que Diniz já pensava em estratégias societárias que o garantissem no poder, a exemplo do acordo com Michael Klein para a fusão com o Ponto Frio, pertencente a Globex, um dos braços do GPA (Grupo Pão de Açúcar). Mesmo em meio à disputa pelo poder, os franceses não se manifestaram na ocasião pois já esperavam o vencimento do acordo de acionistas.

A intenção de compra do Carrefour abriu os olhos dos franceses para a possível manobra societária na substituição de ações preferenciais por ordinárias, fato que correu em paralelo com o Grupo controlador do GPA. Ao tomarem conhecimento desse movimento, os franceses passaram a exercer forte pressão,  inclusive com ameaças de acionar o Juízo Arbitral Internacional para dirimir os conflitos entre ambos.

Logo após assumir o controle, o grupo francês começou a tomar as rédeas do negócio e Diniz acenou com o interesse de vender sua participação, em torno de R$ 8 bilhões, ou até negociar a Via Varejo, como forma de pagamento parcial do negócio. Em um primeiro momento, o Casino pretendia fazer esse acordo, o que foi negado posteriormente.

O episódio do GPA revela como a perda de poder nas empresas cria um aspecto psicológico de dependência tão acirrada que acaba gerando desavenças. Abílio Diniz entrou com processo arbitral contra o Casino, que foi antecipado em virtude da proibição de sua participação na reunião da Wilkes Participações, controladora do Casino. O empresário brasileiro já lança mão de outras estratégias e busca uma colocação no Conselho de Administração da BR Foods, a gigante no ramo alimentício.

Para isso, vendeu parte das ações do GPA, no valor de R$ 1,5 bilhões, justificada pela necessidade de diversificação do portfólio de investimentos. Um grupo de fundos de pensão vem alinhavando a negociação de Diniz para a compra de 5% das ações ordinárias na BR Foods.

Com isso, ele seria conduzido ao cargo de presidente do Conselho de Administração. A pedra no caminho, neste caso, é o Fundo Petros, que detém 10% das ações e pensa de forma diferente, considerando que o atual presidente do Conselho deve ser mantido. A decisão será tomada em abril e poderá tirar das mãos de Diniz a oportunidade de reinar novamente.

Mesmo sem ter ido adiante, as negociações com o Carrefour podem trazer uma reviravolta no mercado. Os interessados no negócio podem cogitar sua compra e não está descartada a possibilidade de Diniz voltar ao ramo de atividade que militou por tanto tempo.

Talvez se a condução dos negócios entre os sócios tivesse ocorrido com maior transparência, o empresário brasileiro poderia estar em situação bem diferente, mais próximo da continuidade no poder. Esta postura está custando caro e até alcançar uma nova colocação, certamente o fator psicológico estará prejudicado.

*Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina – FASM.



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